Vestida com a escuridão da noite, ela ouvia cada pequeno som daquela madeira já envelhecida.
Tantos passos já haviam sido dados ali. Tantas histórias sendo tatuadas. Cada passo, era uma digital. E haviam as próprias. Ao último degrau, ela percebia seu leito mais próximo.
Finalmente podia descansar e se recuperar. Todo dia era um dia a menos. Envelhecer não era tão interessante quando se caminhava mais perto disso.
O peso dos aprendizados tornava o pesar, árduo. Um passo já não era como qualquer outro. Fechava os olhos e respirava.
Mais um dia havia se passado e do fundo do ser, sentia. Crescer era frio. Nada mais poderia ser apagado.
sábado, 22 de novembro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Tum...
Ouvia seu coração. Tum- ta!
Ele bem teria avisado. Tum-ta!
Mas ela não conseguia ver. Tum-ta!
Quão triste estava a envelhecer. Tum-ta!
O tempo passava... Tum... Ta!
E quando menos esperou... Tum...
Já não era mais tempo. Tá! ... ...
Ele bem teria avisado. Tum-ta!
Mas ela não conseguia ver. Tum-ta!
Quão triste estava a envelhecer. Tum-ta!
O tempo passava... Tum... Ta!
E quando menos esperou... Tum...
Já não era mais tempo. Tá! ... ...
Bem mal conhecido
Uma eterna sonhadora, ela era. Talvez por isso vivia sempre pelos cantos embebida em frustrações. Queria alcançar as estrelas. Talvez dá-las de presente. Tão triste era vê-las apagar-se. Mal podia tocá-las. Não entendia que o ser humano era um bicho mau. Nem a deixariam chegar perto. Ela obedeceria se bem soubesse. Mas não sabia.
Por onde fores-me
Me parece que o mar continua a fluir em seu percurso... Com ele, seguem pedaços do que já foi. No leito, só fragmentos. Um pedaço de coração aqui, um pedaço de ideia ali. Um sonho perdido ou uma saudade esquecida. Tudo permeia a beira da superfície. Bem sei que, um dia, foram a vida de alguém. Hoje somente seguem por onde tiver de ser. Quem sabe encontrarão o pôr do sol. Quiçá o fim do arcoíris. Sempre em frente em busca de algum lugar. Sempre seguindo adiante.
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Corrida em câmera lenta
Eu não tenho tempo pra me ver adoecer.
Eu não tenho espaço para que me cultivem devaneios tortos e escuros.
Minha cabeça está meio aqui e nem sempre lá.
Turvos caminhos que me levam ao desmoronar.
Até que ponto se sobrevive nessa selva?
Me pego pensando sobre meus objetivos. Me pego pensando sobre os meios até chegar.
Nem tão fácil e firme é sempre meu deambular.
Cada vez mais difícil fica de respirar.
Ar.
Eu não tenho espaço para que me cultivem devaneios tortos e escuros.
Minha cabeça está meio aqui e nem sempre lá.
Turvos caminhos que me levam ao desmoronar.
Até que ponto se sobrevive nessa selva?
Me pego pensando sobre meus objetivos. Me pego pensando sobre os meios até chegar.
Nem tão fácil e firme é sempre meu deambular.
Cada vez mais difícil fica de respirar.
Ar.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Quando o tudo é nada
O fio se quebrou. A porta de entrada de um caminho, hoje era de saída.
Nada mais fazia sentido. Não queria mais estar ao solo. Queria flutuar. Dormir e despertar entre as nuvens. Quero leveza. A tempestade já levou tudo. Já lavou. E fim.
Nada mais fazia sentido. Não queria mais estar ao solo. Queria flutuar. Dormir e despertar entre as nuvens. Quero leveza. A tempestade já levou tudo. Já lavou. E fim.
Regressivo-me
Nada me vinha à cabeça. Pareço secar a cada passo que dou. Não sei em que ponto, o vento me levou. Tampouco em que chuva me desfiz. O fato é que já não era eu. Cada vez menor e menos presente. Cada vez mais distante de mim.
Ao vento em uma esquina qualquer
Era como se estivesse em um buraco negro que sempre me levava de volta ao mesmo lugar.
Eu conseguia dormir sim. Por um ou outro instante. Daqui a pouco, era sugada para a realidade novamente.
Já não dependia de mim. Os meus pedaços ficavam pelo caminho. Meu corpo já não me obedecia.
Estava eu, de volta ao piloto automático, aos poucos. De tanto enquanto, eu ia sendo substituída por restos de obrigações desgastadas.
Me ocupava. Me doloria. Me desfazia. Mas era o que me restava. Eu estava ali. Ao meio vento de cada sombra que passava e não te trazia de volta.
Éramos eu e outras tantas almas endurecidas.
Eu conseguia dormir sim. Por um ou outro instante. Daqui a pouco, era sugada para a realidade novamente.
Já não dependia de mim. Os meus pedaços ficavam pelo caminho. Meu corpo já não me obedecia.
Estava eu, de volta ao piloto automático, aos poucos. De tanto enquanto, eu ia sendo substituída por restos de obrigações desgastadas.
Me ocupava. Me doloria. Me desfazia. Mas era o que me restava. Eu estava ali. Ao meio vento de cada sombra que passava e não te trazia de volta.
Éramos eu e outras tantas almas endurecidas.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
Viagem à ti
Sentia as rodas do carro ruírem cada quilometro pelo qual passávamos .
Era um misto de sensações que se entrelaçavam em um nó na cabeça desde o ligar daquele motor.
Verde, tijolos, verde, tijolos, frutas.
Passávamos por todo tipo de vida naquele caminho.
Cada vez mais perto. Cada vez mais, aperto.
Era um ano. Era uma vida. Era saudade.
Ansiedade.
Era um misto de sensações que se entrelaçavam em um nó na cabeça desde o ligar daquele motor.
Verde, tijolos, verde, tijolos, frutas.
Passávamos por todo tipo de vida naquele caminho.
Cada vez mais perto. Cada vez mais, aperto.
Era um ano. Era uma vida. Era saudade.
Ansiedade.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Impregnation
Eis que novamente surges.
A luz que sempre me segue. O rastro que se agarra à minha última partícula.
E não importa o quanto te deixes, luz azul, me segues.
E quando há escuridão e quando há cores por todos os lados. É você que me ilumina. E daí, só um caminho há a se seguir. Sempre. Hoje e todos os dias. És minha companheira. Não me deixas. Nem que eu peça, nem que eu procure. Continuas ali. Finalmente por todos os meus finais pensamentos.
A luz que sempre me segue. O rastro que se agarra à minha última partícula.
E não importa o quanto te deixes, luz azul, me segues.
E quando há escuridão e quando há cores por todos os lados. É você que me ilumina. E daí, só um caminho há a se seguir. Sempre. Hoje e todos os dias. És minha companheira. Não me deixas. Nem que eu peça, nem que eu procure. Continuas ali. Finalmente por todos os meus finais pensamentos.
domingo, 25 de maio de 2014
Peace
Era como se Ele me abraçasse e dissesse que agora estava tudo bem... Era uma chuva de reconstituição no meu caminho desertificado. Era a hora, que finalmente me sentia feliz. Ainda que sem motivo aparente, ainda que de forma tão sutil; meus dias haviam clareado.
A dor, ainda que tenha me tornado poeta; não fez morada em meus dias, tampouco se instalou. O meu pensar continuava navegando em águas que jamais levariam a um cais. Simplesmente navegava. Doce e anônimamente. Leve. Sereno. Em paz.
A dor, ainda que tenha me tornado poeta; não fez morada em meus dias, tampouco se instalou. O meu pensar continuava navegando em águas que jamais levariam a um cais. Simplesmente navegava. Doce e anônimamente. Leve. Sereno. Em paz.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Sementeando em novo solo
Pega uma cadeira, vamos conversar.
O meu pensar preocupado já anda cansado.
Vem aqui, deixa eu te olhar.
Transito por nossas informações.
Banco de dados, estatísticas.
Números que nada dizem.
Ninguém, na verdade, segue um padrão.
Semente, uma vez plantada,
frutos darã um dia.
Um dia novo e transitório.
Uma nova oportunidade.
Marco inicial do meio do caminho.
Me dá tua mão, vamos embora.
Já estivemos parados por tempo suficiente.
Essa realidade não é nossa.
Está na hora de acordar.
A vida é passageira. O porvir, incerto.
Até quando vamos esperar a carona do acaso?
Até quando?
O meu pensar preocupado já anda cansado.
Vem aqui, deixa eu te olhar.
Transito por nossas informações.
Banco de dados, estatísticas.
Números que nada dizem.
Ninguém, na verdade, segue um padrão.
Semente, uma vez plantada,
frutos darã um dia.
Um dia novo e transitório.
Uma nova oportunidade.
Marco inicial do meio do caminho.
Me dá tua mão, vamos embora.
Já estivemos parados por tempo suficiente.
Essa realidade não é nossa.
Está na hora de acordar.
A vida é passageira. O porvir, incerto.
Até quando vamos esperar a carona do acaso?
Até quando?
Esmola
Meu peito anda dolorido. Já não aguenta mais pedir esmola.
Quero a calmaria p'ra nos meus dias, descansar.
Quero o meu leito e a facilidade para fechar os olhos.
Ando pelos cantos sem um rumo achar.
Penso em falar, em te descrever o que sinto.
Isso acaba por me matar. Definho.
Me expor tanto não pode me levar ao horizonte.
Ou este destino, deveras, realmente não ser meu.
Não quero ouvir. Não quero mais te poluir com minhas ideias.
Eu penso demais. Pouco a pouco, me destruo.
Me desorganizo. Saio dos trilhos.
Meu pesar é doído. Meu andar é cansado.
Rotina de quem vive arrastando-se em busca do amanhã.
Com esperança de que ele seja melhor. E será.
Amém.
Quero a calmaria p'ra nos meus dias, descansar.
Quero o meu leito e a facilidade para fechar os olhos.
Ando pelos cantos sem um rumo achar.
Penso em falar, em te descrever o que sinto.
Isso acaba por me matar. Definho.
Me expor tanto não pode me levar ao horizonte.
Ou este destino, deveras, realmente não ser meu.
Não quero ouvir. Não quero mais te poluir com minhas ideias.
Eu penso demais. Pouco a pouco, me destruo.
Me desorganizo. Saio dos trilhos.
Meu pesar é doído. Meu andar é cansado.
Rotina de quem vive arrastando-se em busca do amanhã.
Com esperança de que ele seja melhor. E será.
Amém.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Felicitar-te
São teus olhos que me sorriem quando preciso de um abraço.
É seu carinho que me afaga quando me sinto sozinha.
São suas palavras que me rodeiam quando me sinto desprotegida.
Por todos os momentos, você esteve presente.
Por todos os que virão, que te tragam ainda mais perto.
Sou feliz, porque meu sorriso hoje é sincero. É frouxo, é leve.
Sou feliz, porque você está aqui.
É seu carinho que me afaga quando me sinto sozinha.
São suas palavras que me rodeiam quando me sinto desprotegida.
Por todos os momentos, você esteve presente.
Por todos os que virão, que te tragam ainda mais perto.
Sou feliz, porque meu sorriso hoje é sincero. É frouxo, é leve.
Sou feliz, porque você está aqui.
terça-feira, 13 de maio de 2014
Utópico Farol
Não quero dormir. Outrora aqui viria por não saber acordar.
Hoje peço colo e redenção. Quero leveza.
Sonhos por mais que leves, são utopia.
Quero realidade. E nela, um porto.
Meu navio já anda cansado de tanto navegar em círculos.
Por tantas tempestades já passei...
Por tantas águas já divaguei...
que hoje só quero repouso.
Hoje peço colo e redenção. Quero leveza.
Sonhos por mais que leves, são utopia.
Quero realidade. E nela, um porto.
Meu navio já anda cansado de tanto navegar em círculos.
Por tantas tempestades já passei...
Por tantas águas já divaguei...
que hoje só quero repouso.
Expurgo
Cefaleia. Dor incalculável e avassaladora é a que sinto.
Excesso de palavras em tão pouco espaço em mente.
Excesso de pensamentos.
Queria eu, poder guardar todo esse monte de nada que me aparece
numa caixa, num guarda tralhas, qualquer.
Contudo, elas me enchem e me saturam.
Causam dor. Quero-as fora.
Despejo-as aqui. Hoje e todos os dias.
Excesso de palavras em tão pouco espaço em mente.
Excesso de pensamentos.
Queria eu, poder guardar todo esse monte de nada que me aparece
numa caixa, num guarda tralhas, qualquer.
Contudo, elas me enchem e me saturam.
Causam dor. Quero-as fora.
Despejo-as aqui. Hoje e todos os dias.
Lost Time
A cada gota dessa chuva, percebo o silêncio como melhor forma de sobreviver.
Palavras não têm cura, meu caro.
Assim que sinto em meu esôfago, o regurgitar dos pensamentos;
as prendo por tantos minutos quanto seria possível para melhor digeri-las.
E mesmo que libertifiquem, em algum momento, vou lembrar que poderia ter sido diferente.
Não há remédio para isso.
Tão pobre ser humano, esse que pensa tanto e tanto se cansa.
De nada vale coisa alguma, querido. Todas as filosofias de nada adiantam.
Todas as reflexões em si são pó.
Sempre tardarão a ser absorvidas pelo metabólico ser.
Sempre.
Palavras não têm cura, meu caro.
Assim que sinto em meu esôfago, o regurgitar dos pensamentos;
as prendo por tantos minutos quanto seria possível para melhor digeri-las.
E mesmo que libertifiquem, em algum momento, vou lembrar que poderia ter sido diferente.
Não há remédio para isso.
Tão pobre ser humano, esse que pensa tanto e tanto se cansa.
De nada vale coisa alguma, querido. Todas as filosofias de nada adiantam.
Todas as reflexões em si são pó.
Sempre tardarão a ser absorvidas pelo metabólico ser.
Sempre.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
O que estava perdida
Dias por teu colo ao deitar.
Mal estava eu, desacostumada a ter um bom descanso.
Não tinha leito, não tinha um porto.
Éramos só eu e o meu divagar ao se deleitar em palavras sem nexo.
Era o que me possibilitava respirar.
As ideias sempre me lotavam os pensamentos e enlouqueciam-me.
Escrever é, notoriamente, o que me extravasa. O que me rompe e me absorve.
Paradoxo que se encaixa em meio a tantas tentativas estarrecidas em busca de ordem.
Cada leitura leva um sentido distinto. Cada linha, um recomeço.
Eis que chegou a luz e já não mais me perdia no escuro.
Pude sentir a maciez dos braços do amor a acalentar-me.
Sentir-me em casa, finalmente; apesar de não me encontrar todos os dias.
Estive perdida pelas ondas que me levavam a lugar algum e você me achou.
Não pediu explicação ou notoriamente, uma história.
Pediu que aceitasse o seu carinho. Reinventou o que já quebrado, não existia conserto.
Tocou-me com os olhos em meus olhos.
Levou-me a respirar. Segurou minha mão. Alumiou-me.
Mal estava eu, desacostumada a ter um bom descanso.
Não tinha leito, não tinha um porto.
Éramos só eu e o meu divagar ao se deleitar em palavras sem nexo.
Era o que me possibilitava respirar.
As ideias sempre me lotavam os pensamentos e enlouqueciam-me.
Escrever é, notoriamente, o que me extravasa. O que me rompe e me absorve.
Paradoxo que se encaixa em meio a tantas tentativas estarrecidas em busca de ordem.
Cada leitura leva um sentido distinto. Cada linha, um recomeço.
Eis que chegou a luz e já não mais me perdia no escuro.
Pude sentir a maciez dos braços do amor a acalentar-me.
Sentir-me em casa, finalmente; apesar de não me encontrar todos os dias.
Estive perdida pelas ondas que me levavam a lugar algum e você me achou.
Não pediu explicação ou notoriamente, uma história.
Pediu que aceitasse o seu carinho. Reinventou o que já quebrado, não existia conserto.
Tocou-me com os olhos em meus olhos.
Levou-me a respirar. Segurou minha mão. Alumiou-me.
Sobre a verdadeira saudade que doi
Um ano se passou e seus traços continuam a me habitar.
Amor que ensinou a amar. Amor que ensinou a viver.
Amor que ensinou a amar. Amor que ensinou a viver.
Um olhar gravado em cada sonho que me mostra o que é saudade.
Cada um dos meus passos são vindos de longas reflexões sobre o que mostrou-me durante uma vida.
Hoje caminho sozinha e obrigada, firmo meus passos baseado em um passado de colo.
A cada noite, o céu se torna mais negro por tua falta nos meus braços.
Mas, enfim, olho pra lua e posso sentir-te por perto.
Sei que seus olhos estão a fitar o mesmo espetáculo, por mais que tão longe.
Quilômetros de distância nunca se fizeram tão prolongados.
Dias que se tornaram parte negativas de um coração já tão calejado que só ao teu colo, descansava.
Fonte de vida e de esperança.
De um lado para outro, observava a dança dos seus olhos ao pensar.
Lembro da maciez do teu queixo de borracha.
Lembro do aconchego das tuas palavras a me acalmar do mais simples ao pior problema.
Mãe, se tem alguém nessa vida que mais me faz falta, é você.
Te amo.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Renascimento
Cada centímetro do que toco é uma incógnita. Preciso sentir a beira do abismo na ponta dos meus pés. Sentir o cheiro do vento ao tocar o meu rosto. Preciso navegar. Sinto o meu coração bater mais forte. Sinto o seu calor perto de mim. Sinto a vida. Tanto tempo congelada no espaço me faz ver tudo pela primeira vez novamente. Tenho sorte do mar querer me levar desta vez. Tenho sorte por não ter desistido das minhas aventuras em busca das cores. Hoje percorro o arcoíris surpresa com cada novo passo. Renasci. Inicio a vida. Novamente.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Calos-ei-me
Assim como pouco a pouco, os tijolos vão sendo colocados; tão frequentes podem ir à ruínas ao longo do tempo. A firmeza das mãos já não é a mesma com o passar dos anos e já nem tão firmemente posso segurar sequer os meus sonhos.
Na bagagem, malas com tantas histórias das quais nem posso aguentar com meus dedos já sem sensibilidade. Olhos emudecidos são os meus nesse trilhar. Gritam e se arrastam vagarosamente por qualquer vestígio rítmico desse meu calejado coração.
Sento à beira do mar e sinto a paz ecoar no peito vazio de cor. Quero o azul desse céu ao beijar o horizonte. Quero o verde da grama que me sustenta. Quero o ar e o viver. Quero vida. Luz dos meus dias.
Na bagagem, malas com tantas histórias das quais nem posso aguentar com meus dedos já sem sensibilidade. Olhos emudecidos são os meus nesse trilhar. Gritam e se arrastam vagarosamente por qualquer vestígio rítmico desse meu calejado coração.
Sento à beira do mar e sinto a paz ecoar no peito vazio de cor. Quero o azul desse céu ao beijar o horizonte. Quero o verde da grama que me sustenta. Quero o ar e o viver. Quero vida. Luz dos meus dias.
Sentir-te
Eram sete anos de uma vida. Eram trinta dias de um novo inspirar. Sim, eu sentia. Sentia como se nunca tivesse sentido. Sentia como se jamais tivesse sido despedaçada, tal como a rosa sem suas pétalas. Eu sentia como se fechasse os olhos e me jogasse de um abismo sem saber se tinha um colchão embaixo. Sentia como se andasse de olhos vendados. A escuridão me acompanhava, tapando minha instável fé. Eu só sentia. E era o bastante.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Carpe Diem
Eu deixo que diga. Diga seu nome, sua casa, sobre o que quiser; se quiser. Eu deixo que pense. Prisões alternativas nada seriam na efetividade de cada barreira. Eu deixo que fale. Fale sobre o que for, por onde for e quando for. Se lhe convir. Pelo simples fato de não saber envolver pedaços de fitas em nós e preferir laços.
Eu deixo que viva. Que voe e tenha sua própria vida, já que por baixo de minha asa, nem sempre ficará. Um dia em floreios, outro dia em borrões. Por dias de tempestades, em que sempre surjam o arcoíris após. Que em meio a dúvidas, surjam novas formas de olhar e que em cada novo dia, possas pesar e voar sobre o caminho do crescimento.
Eu deixo que viva. Que voe e tenha sua própria vida, já que por baixo de minha asa, nem sempre ficará. Um dia em floreios, outro dia em borrões. Por dias de tempestades, em que sempre surjam o arcoíris após. Que em meio a dúvidas, surjam novas formas de olhar e que em cada novo dia, possas pesar e voar sobre o caminho do crescimento.
My world, no sense
Nem todos os passos que me estabilizam pelo caminho, me são seguros. Ou necessários. Esporadicamente, meu corpo pede para voar. Aquele belo par de asas também não me garante porto. Porém, o equilíbrio que venho construindo tem sido de fundamental importância. Nem somente por terra, nem tampouco estrita ao meu caminho, consigo estar em casa. Inquietude contínua e contradizente com meus pensamentos, que nem mesmo organizados, seguem por uma linha sem inconformidades. Meu trilhar é torto e minha rotina é cruzada. Não posso seguir em linha reta. Sigo os passos do meu imaginar. Tenho meu próprio vórtice. Nuvens de um só mundo. Minha própria rota. Paralelidade. Flexibilidade. Sem sentido algum.
domingo, 13 de abril de 2014
My sky
As ruas da cidade me fazem lembrar dos caminhos que escolhi. As paredes cheias de cores e de histórias gritam por piedade. Como eu.
Em um mundo cheio de superficialidade, eu vivo. Moro nessa calçada. Moro ali também. Moro em todos os lugares e em lugar nenhum. Pedaços de concreto embasam o meu leito.
Nem me lembro como parei aqui, como consegui essa roupa. Alguma boa alma me deu, provavelmente. Que pena. Não consigo lembrar de um traço do rosto dela. Minha memória é costurada a fatos soltos e sem sentido. Nem bem sei onde estou. Nem bem sei quem eu sou.
A noite, deito para olhar as estrelas. Percebo o quanto somos pequenos diante do universo. Então pra que essa lágrima a escorrer pelo meu rosto?
Um aperto de mão, quiçá um abraço. Bicho em extinção. Meus amigos que hoje chamo, nem me conhecem.
Sou navio sem porto, correria sem repouso. Bicho solto, sem colo. Morador de rua.
Em um mundo cheio de superficialidade, eu vivo. Moro nessa calçada. Moro ali também. Moro em todos os lugares e em lugar nenhum. Pedaços de concreto embasam o meu leito.
Nem me lembro como parei aqui, como consegui essa roupa. Alguma boa alma me deu, provavelmente. Que pena. Não consigo lembrar de um traço do rosto dela. Minha memória é costurada a fatos soltos e sem sentido. Nem bem sei onde estou. Nem bem sei quem eu sou.
A noite, deito para olhar as estrelas. Percebo o quanto somos pequenos diante do universo. Então pra que essa lágrima a escorrer pelo meu rosto?
Um aperto de mão, quiçá um abraço. Bicho em extinção. Meus amigos que hoje chamo, nem me conhecem.
Sou navio sem porto, correria sem repouso. Bicho solto, sem colo. Morador de rua.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Crônico Presente
Amanheci com o pé na areia e fui ver o sol nascer. Cada grão que me tocava, parecia começar a fazer parte de mim. Éramos um: o mar, o céu e eu.
Poderia detalhar um mapa daquelas sensações, mas ocupada, estava, sentindo. A brisa acariciava meu rosto. Era como se Deus dissesse que estava cuidando de mim. E tem o feito. Hoje meus passos são mais firmes e seguros, quiçá dizer felizes; e não há um só dia em que esqueça de olhar pra cima e agradecer. Eu tenho um presente todos os dias: a vida com sua contínua oportunidade de recomeços.
Poderia detalhar um mapa daquelas sensações, mas ocupada, estava, sentindo. A brisa acariciava meu rosto. Era como se Deus dissesse que estava cuidando de mim. E tem o feito. Hoje meus passos são mais firmes e seguros, quiçá dizer felizes; e não há um só dia em que esqueça de olhar pra cima e agradecer. Eu tenho um presente todos os dias: a vida com sua contínua oportunidade de recomeços.
domingo, 6 de abril de 2014
Repouso
Duas ou três palavras constituíam aquela melodia. Vez por outra, ouvia ao longe aquela voz que tanto me acalentava. Ora perto, ora distante; mas sempre presente. Era luz que alumiava minhas tardes tristes. Era o fino sabor que adocicava meus dias. Nada mais parecia complicar-se. Problemas eram vãos e sem eco. Ele estava aqui. Sempre fora assim. Um abrigo seguro, uma resposta, um repouso. Um bem pra vida.
terça-feira, 1 de abril de 2014
Begin
Um sorriso, um abraço. Era um misto de sensações. Formas de apertar o laço que pelos dias uniam as emoções.
Era um vício. De tudo o que viria, era um alarde. De todo viver, um presente.
Era um amor que nascia, que despertava. Como um urso, acordava de um demorado sono.
Enfim, ali estavam. Mãos dadas simbolizavam a curva daquela viagem que há tanto já se vivia.
Era só mais um passo. E dali, uma nova vida.
Era um vício. De tudo o que viria, era um alarde. De todo viver, um presente.
Era um amor que nascia, que despertava. Como um urso, acordava de um demorado sono.
Enfim, ali estavam. Mãos dadas simbolizavam a curva daquela viagem que há tanto já se vivia.
Era só mais um passo. E dali, uma nova vida.
domingo, 23 de março de 2014
Sunset
Ouvi dizer por ai que era bonito sonhar. Meus passos, sempre vacilantes, nunca me deixavam sair tanto assim do chão. Eis que suscede uma luz em meio ao breu. Era ele. Brisa que acompanha e acaricia as ondas do mar. Era fim de tarde, era sol se pondo. Era a lua, era o mar, era eu.
sábado, 15 de março de 2014
Hã?
Eram meia dúzia de palavras sem conexão alguma.
Ouviam-se sussurros, ouviam-se vozes falando baixinho.
Era a mente a te desafiar. Aconselhar, orientar já não era providencial.
Martelavam sentidos dentro de pequenos sons onde nada existia.
Nada se dizia, nada se entendia.
Confusão de palavras que voavam pelos aposentos e pronto.
Eu só observava, em busca de qualquer nexo.
Nunca o identificava. Tanto faz.
Ouviam-se sussurros, ouviam-se vozes falando baixinho.
Era a mente a te desafiar. Aconselhar, orientar já não era providencial.
Martelavam sentidos dentro de pequenos sons onde nada existia.
Nada se dizia, nada se entendia.
Confusão de palavras que voavam pelos aposentos e pronto.
Eu só observava, em busca de qualquer nexo.
Nunca o identificava. Tanto faz.
Trip
Eu me perdi. O infinito parecia ter braços abertos prontos para me abraçar e me joguei. A queda não foi árdua. O vôo foi leve e tranquilo. Parecia flutuar sobre toda a minha realidade que antes, havia montado perfeitamente encaixado. Perdi todo o viver que transcendia a rotina. Era um robô, não tinha sangue, não tinha calor, não tinha cor. O coração havia parado. Nada pulsava, nada tinha movimento. Hoje me foi dado um sentido. Caí no vórtice do me descobrir, mas logo senti o chão. Hoje meus passos são firmes e o medo não me impede de voar. Liberdade. Hoje eu vivo.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Segura mente
Quão doce tem sido o meu navegar. Meu barco à vela tem saído do compasso a cada passo que você me dá.
Cheios de pretensões, tenho sentido corações a me alcançar. Ledo engano de quem se aproxima em busca de embarcações a viajar. Prefiro em casa, descansar. A pausa por tantos portos não me convida a velejar. Sinto teu cheiro por perto e o meu coração a palpitar. De novo, acordo eu e meu caminho torto, nessa vida a deambular.
Cheios de pretensões, tenho sentido corações a me alcançar. Ledo engano de quem se aproxima em busca de embarcações a viajar. Prefiro em casa, descansar. A pausa por tantos portos não me convida a velejar. Sinto teu cheiro por perto e o meu coração a palpitar. De novo, acordo eu e meu caminho torto, nessa vida a deambular.
É o que (te) espero
Era um garoto encouraçado. Era um coração doce gentil blindado. Mas o que eu poderia falar? Cruéis hábitos que fazem parte do meu caminhar. Quero te dar a mão e te levantar, doce rapaz. Queria ter força para te apoiar. Quero ver-te ao deleite do amor. Nos braços de quem te mereça. Quiçá um dia ver de volta o teu semblante vivo! E um dia, talvez eu ou você cresça de volta ao rumo do colorir. Nossos dias prometem mudanças. Que assim sejamos. Felizes.
Más resolutividades
Gosto de ler por olhos.
Poucos meios são tão sinceros e sutis.
A dor, parte daquela felicidade.
O sentimento, a vontade.
É tudo visto por aquela pequena imensidão.
Querer-te ninar, jovem velhinho,
É um desejo longe de se concretizar.
Fico daqui, a observar o teu caminho.
Desejo-te só o que é bom do sonhar.
Gotas de água da chuva escorrem na minha janela enquanto penso. Choro sofrido e repetido, esse da natureza. Que me lembra o tempo todo do quanto ainda se pode rasgar um coração gentil.
Poucos meios são tão sinceros e sutis.
A dor, parte daquela felicidade.
O sentimento, a vontade.
É tudo visto por aquela pequena imensidão.
Querer-te ninar, jovem velhinho,
É um desejo longe de se concretizar.
Fico daqui, a observar o teu caminho.
Desejo-te só o que é bom do sonhar.
Gotas de água da chuva escorrem na minha janela enquanto penso. Choro sofrido e repetido, esse da natureza. Que me lembra o tempo todo do quanto ainda se pode rasgar um coração gentil.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Olharte
Cheios de informação, eles se movimentavam lentamente.
Por toda a minha vida fui me habituando à essa mania de observação.
Ver não tão somente; mas poder ler as paisagens, os gestos, as reações.
Ao fim do dia; fico assim, aqui, a processar e digerir aprendizados de telas incompletas.
Sinto o peso do viver capturado em minhas pálpebras.
Como é doce o sonhar acordado. Seria ali, a maior dádiva do ser humano.
Uma arte.
Por toda a minha vida fui me habituando à essa mania de observação.
Ver não tão somente; mas poder ler as paisagens, os gestos, as reações.
Ao fim do dia; fico assim, aqui, a processar e digerir aprendizados de telas incompletas.
Sinto o peso do viver capturado em minhas pálpebras.
Como é doce o sonhar acordado. Seria ali, a maior dádiva do ser humano.
Uma arte.
Como se fosse a primeira vez
Era um lindo dia, aquele. As folhas que me rodeavam sempre estiveram ali e mesmo assim, pareciam mais vistosas. Aquele tempo frio parecia me cobrir de uma leveza que há tanto tempo não sentia. Era acolhedor.
Em dado momento, percebi que via as mesmas coisas com outros olhos. Poderia fazer uma descrição grandiosa de todas as novas sensações de mesmos ambientes; e mesmo assim, tudo parecia novo.
Nem me importei em costurar as palavras. Apenas fechei os olhos e vivi.
E senti. Como se fosse a primeira vez.
Em dado momento, percebi que via as mesmas coisas com outros olhos. Poderia fazer uma descrição grandiosa de todas as novas sensações de mesmos ambientes; e mesmo assim, tudo parecia novo.
Nem me importei em costurar as palavras. Apenas fechei os olhos e vivi.
E senti. Como se fosse a primeira vez.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Te contaria, um dia
Eu te li uma vez mais. Haviam até algumas parcas notas ao longe. Reecontros: a vida é feita deles. Aquele cheiro... há tanto tempo não sentia. A leveza de sua pele perto da minha em um abraço. O tempo não parecia ter passado tanto. E nem havia para aquele presente. As marcas dos olhos cheios da sutileza da timidez que outrora havia nascido, nunca havia nos abandonado. Era fácil não fitá-los e mostrar normalidade, rotina. Estava predestinada àquele momento e a outros tantas vezes adiados. Olhar perdido, pensando em sensações. Luzes, quase um cenário teatral. Ali e naquele lugar, éramos os mais felizes.
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Conchas ao mar
Não era qualquer pôr do sol, aquele. O silêncio ali não era vazio. Respiração lenta e relaxada. Sentia seus batimentos. As horas se passavam, com certeza, só no relógio. Conforto maior não teria, colo mais acolhedor também não. Estava sendo cuidada e a falta de palavras naquele momento me dizia muito mais que qualquer papo jogado fora em todos esses anos.
Aquele azul não vinha sozinho. Formava um belo par com a paisagem da varanda. Eu respirava. Ouvia você respirar. E adormecia.
Aquele azul não vinha sozinho. Formava um belo par com a paisagem da varanda. Eu respirava. Ouvia você respirar. E adormecia.
Passarinho
Voltar ao passado é a minha sina. Os caminhos por onde andei me perseguem constantemente. Sou uma fiel nostálgica. Amante do que me marcou. Assim, os dias passam tendo eventuais retrocessos para que se mantenha firme, a costura. Por uma linha tênue e firme, contabilizo meus passos. Fui e um dia, nem que só por um instante, voltarei a ser.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Transportar-me
Cada nota musical passa por mim como uma onda nesse mar por onde navegam meus pensamentos. Cada um daqueles pulsares significavam algo em mim, como nunca antes havia sentido. Cada digital era como uma marca diferente, mas somente aquelas vidravam o meu olhar. Estava eu ali, fisicamente, porém minh'alma estava totalmente fora do eixo. Minha linha de pensamento era só distante. Não voltava ao lugar, não habitava o meu ser. Se bem pudesse me teletransportar, estaria onde fitava, o meu sonhar. Naquele horizonte, talvez, já que minha mente ali estava há tanto tempo. Doce caminhar do meu viver, conforto ao deitar e sonhar-te. Todos os dias.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Blind
Naquele momento, tudo era diferente.
Sentia-se, mas também se enxergava.
Cada pequeno ser e gesto se transformavam em avalanche.
Quebra-cabeças gigante, castelo de cartas.
Me falta o ar. O chão parece ir embora eventualmente...
Ouço cada gota cair, o canto de cada pássaro.
Atenção. Cada minuto é sentido, nada automático.
Cuidado em cada passo. A escuridão parece penetrar-me.
Não é noite e ali é sempre. Nenhum raio de luz.
Era uma nova forma de enxergar. Sem ver.
Sentia-se, mas também se enxergava.
Cada pequeno ser e gesto se transformavam em avalanche.
Quebra-cabeças gigante, castelo de cartas.
Me falta o ar. O chão parece ir embora eventualmente...
Ouço cada gota cair, o canto de cada pássaro.
Atenção. Cada minuto é sentido, nada automático.
Cuidado em cada passo. A escuridão parece penetrar-me.
Não é noite e ali é sempre. Nenhum raio de luz.
Era uma nova forma de enxergar. Sem ver.
Palavras de mim
Caminho que não se trilha, não se conhece.
Nem sempre o que eu falo retém o sentido que espero.
Muitas vezes, as ideias saem soltas e dançam sozinhas no ar.
Poucos conseguem enxergar além da pauta.
Sinto aqui tudo o que me sonda,
Minhas percepções sobre o que vivo ou outras pessoas vivem.
Faço com que cada letra me inunde e saia como me leu.
É um espaço meu, faz parte de mim.
É escrita, é poesia, sou eu.
Muitas vezes, as ideias saem soltas e dançam sozinhas no ar.
Poucos conseguem enxergar além da pauta.
Sinto aqui tudo o que me sonda,
Minhas percepções sobre o que vivo ou outras pessoas vivem.
Faço com que cada letra me inunde e saia como me leu.
É um espaço meu, faz parte de mim.
É escrita, é poesia, sou eu.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Vitais
Doce flor do anoitecer.
Todo o dia se curva à chegada de tão bela figura. Cubro-me com a tua luz. Terno sabor de solitude. Posso ouvir meus próprios batimentos. Tenho um coração.
Sinto cheiro de sereno. Sento à beira da calçada e encho meu pensar com o soluçar da cantoria dos pequenos seres ali presentes. Posso ouvir o meu respirar. Tenho pulmões.
Plenas formas de vida. Literais.
Todo o dia se curva à chegada de tão bela figura. Cubro-me com a tua luz. Terno sabor de solitude. Posso ouvir meus próprios batimentos. Tenho um coração.
Sinto cheiro de sereno. Sento à beira da calçada e encho meu pensar com o soluçar da cantoria dos pequenos seres ali presentes. Posso ouvir o meu respirar. Tenho pulmões.
Plenas formas de vida. Literais.
Vazio de quê?
Havia um sorriso.
Grandes marcas naquele olhar.
Anoitecia. A chuva de verão caía.
Era tudo parte conectada de um grande quebra-cabeças.
Tudo naquela rua me fazia sonhar.
Embarcada na asa, podia fechar os olhos.
O desconhecido me abraçava.
Eu buscava algo.
Sinto que isso me falta, que me incompleta...
Ainda assim, o medo.
Inconstante sopetão de vontades.
Nada sai do lugar.
Quero um dia poder achar.
Quero um dia poder me achar.
Assim, quiçá viver.
Grandes marcas naquele olhar.
Anoitecia. A chuva de verão caía.
Era tudo parte conectada de um grande quebra-cabeças.
Tudo naquela rua me fazia sonhar.
Embarcada na asa, podia fechar os olhos.
O desconhecido me abraçava.
Eu buscava algo.
Sinto que isso me falta, que me incompleta...
Ainda assim, o medo.
Inconstante sopetão de vontades.
Nada sai do lugar.
Quero um dia poder achar.
Quero um dia poder me achar.
Assim, quiçá viver.
domingo, 26 de janeiro de 2014
Conector
E no meio de tanto torpor, encontrei aquele sorriso sincero.
Estive longe por tanto tempo que nem pude notar.
Por tantos caminhos, só ele permanecia.
Era um dia chuvoso, era tarde florida.
Era companhia e refúgio. Era apoio.
Era aquele dia, era vida. Era conexão.
Era destino.
Estive longe por tanto tempo que nem pude notar.
Por tantos caminhos, só ele permanecia.
Era um dia chuvoso, era tarde florida.
Era companhia e refúgio. Era apoio.
Era aquele dia, era vida. Era conexão.
Era destino.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Ubertoso coração
Hoje eu vi o mar.
A imensidão azul que na minha frente se formava,
trazia consigo uma paz sem precedentes.
Ao longo de meus passos, sinto-me com a leveza de uma folha ao ar em tardes outono.
Não estive direcionando certamente meu prumo.
O norte que um dia foi tão claro, deixava de existir assiduamente junto ao equilíbrio.
Nenhum vento me tirou completamente a modorra.
Furacões e raios, preciso de tempestade.
Com pequenos choques de vida, posso manter a respiração;
Contudo, quero mais. Sobreviver não é suficiente.
Sinto minhas veias em atividade, só preciso lembrar.
A imensidão azul que na minha frente se formava,
trazia consigo uma paz sem precedentes.
Ao longo de meus passos, sinto-me com a leveza de uma folha ao ar em tardes outono.
Não estive direcionando certamente meu prumo.
O norte que um dia foi tão claro, deixava de existir assiduamente junto ao equilíbrio.
Nenhum vento me tirou completamente a modorra.
Furacões e raios, preciso de tempestade.
Com pequenos choques de vida, posso manter a respiração;
Contudo, quero mais. Sobreviver não é suficiente.
Sinto minhas veias em atividade, só preciso lembrar.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Afagos silábicos
O entrelaçar de suas palavras, me embriaga.
Doces incógnitas em um labirinto.
Tão perto e tão longe de qualquer coisa.
Deleito-me em afagos silábicos.
Fazem sentido esporadicamente.
Doces incógnitas em um labirinto.
Tão perto e tão longe de qualquer coisa.
Deleito-me em afagos silábicos.
Fazem sentido esporadicamente.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
O sopro da vida
Como uma bomba-relógio explodo!
Fagulhas ao ar. Grito!
Não tenho medo de ser feliz com vigor.
Sou excessos. Sou extremos e intensidade.
Se é tempo de lágrimas, as derramo.
Se é tempo de vãs palavras sem nexo,
Jogadas por ser jogadas ao ponto de somente fazer rir, que seja.
Loucura mesmo. Sem motivo. Sem razão. Riso frouxo.
Sem parafusos ou chaves.
Só por tua estação chegar.
É tempo de viver, então vivamos!
Fagulhas ao ar. Grito!
Não tenho medo de ser feliz com vigor.
Sou excessos. Sou extremos e intensidade.
Se é tempo de lágrimas, as derramo.
Se é tempo de vãs palavras sem nexo,
Jogadas por ser jogadas ao ponto de somente fazer rir, que seja.
Loucura mesmo. Sem motivo. Sem razão. Riso frouxo.
Sem parafusos ou chaves.
Só por tua estação chegar.
É tempo de viver, então vivamos!
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Encruzilhada
Me falta simetria e verso.
Me falta rima.
Me falta padrão. Me falta conexão.
Há tanta falta de tanta coisa que sufoco.
Paro. Penso.
Há tanta alegria, tanta coisa linda.
Há tanto gesto e gentileza.
Há tanta felicidade.
Por que olhar pr'o lado errado?
Me falta rima.
Me falta padrão. Me falta conexão.
Há tanta falta de tanta coisa que sufoco.
Paro. Penso.
Há tanta alegria, tanta coisa linda.
Há tanto gesto e gentileza.
Há tanta felicidade.
Por que olhar pr'o lado errado?
Novamente
Vento que me leva e traz sobre esse imenso mar.
Diga-me, sussurre onde pousar.
Lento e repetitivo é esse meu navegar.
Que me perde e me joga em um novo sonhar.
Quero sentir a brisa da tranquilidade na minha vida.
Traga-me a ausência de falta do que se perde.
Traga-me o conforto do colo nas tuas asas;
Fazendo o teu pouso ser leve e seguro.
Vida minha, onde queres chegar?
Ideias desencontradas me cobrem ao deitar.
Desnorteado é o rumo que tento tomar.
Mesmo assim, ao amanhecer, tranquila, quando o sol chegar,
Vou satisfeita, do sonho, acordar.
Diga-me, sussurre onde pousar.
Lento e repetitivo é esse meu navegar.
Que me perde e me joga em um novo sonhar.
Quero sentir a brisa da tranquilidade na minha vida.
Traga-me a ausência de falta do que se perde.
Traga-me o conforto do colo nas tuas asas;
Fazendo o teu pouso ser leve e seguro.
Vida minha, onde queres chegar?
Ideias desencontradas me cobrem ao deitar.
Desnorteado é o rumo que tento tomar.
Mesmo assim, ao amanhecer, tranquila, quando o sol chegar,
Vou satisfeita, do sonho, acordar.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
O que ("não") se diz
Sobre palavras que nunca deveriam ser ditas.
É tudo sobre isso.
Linhas e mais linhas que se derramam por empolgação.
Letras e mais letras organizadas e esquecidas.
Traziam felicidade, traziam conforto.
Nunca formaram um verdadeiro laço forte, mas fazia bem.
Era o ápice, a ponta que crescia e decrescia.
Era um fôlego, uma luz.
Era mentira e insensatez.
Se algo tira-me dos trilhos são palavras.
Mas aquelas jogadas e inconsequentes.
Aquelas desditas, usurpadas.
Não seriam, mas hoje é tudo sobre isso.
Sobre palavras que nunca deveriam ser ditas.
É tudo sobre isso.
Linhas e mais linhas que se derramam por empolgação.
Letras e mais letras organizadas e esquecidas.
Traziam felicidade, traziam conforto.
Nunca formaram um verdadeiro laço forte, mas fazia bem.
Era o ápice, a ponta que crescia e decrescia.
Era um fôlego, uma luz.
Era mentira e insensatez.
Se algo tira-me dos trilhos são palavras.
Mas aquelas jogadas e inconsequentes.
Aquelas desditas, usurpadas.
Não seriam, mas hoje é tudo sobre isso.
Sobre palavras que nunca deveriam ser ditas.
Sobre o vazio
Era um lapso, um momento.
Era lindo e azul, mas sem razão.
Era um conforto diário sem base e inverdadeiro.
Era motivo de sorrisos sem nexo.
Uma casa, um caminho, uma ponte... sem chão.
Brilhava e nunca teve luz.
Fazia bem sem nunca ter existido.
Era um monte de coisa nenhuma que trazia alguma vida.
Era tudo e muito menos.
Era nada.
Era lindo e azul, mas sem razão.
Era um conforto diário sem base e inverdadeiro.
Era motivo de sorrisos sem nexo.
Uma casa, um caminho, uma ponte... sem chão.
Brilhava e nunca teve luz.
Fazia bem sem nunca ter existido.
Era um monte de coisa nenhuma que trazia alguma vida.
Era tudo e muito menos.
Era nada.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Peace
Corda bamba, meio fio.
Pelas entrelinhas, passeio.
Te ouço, te percebo. E por nada reajo.
Doce finitude instantânea.
Amargo amadurecer.
Raio de sol que me desperta.
Janela entreaberta do meu ser.
Ora escancarada, ora trancada.
Quero o florir das flores da minha primavera.
Quero lua nova e cheia para encher meus olhos.
Maré alta ao tocar meus pés.
Uma onda vem e mais outra.
A brisa me toca e estou em paz.
Ali mais uma vez.
Pelas entrelinhas, passeio.
Te ouço, te percebo. E por nada reajo.
Doce finitude instantânea.
Amargo amadurecer.
Raio de sol que me desperta.
Janela entreaberta do meu ser.
Ora escancarada, ora trancada.
Quero o florir das flores da minha primavera.
Quero lua nova e cheia para encher meus olhos.
Maré alta ao tocar meus pés.
Uma onda vem e mais outra.
A brisa me toca e estou em paz.
Ali mais uma vez.
Tantos guardados
Guardo em mim tantos sorrisos.
Guardo em mim tantas músicas.
Guardei cada cheiro e cada reação.
Cada olhar e cada lição.
Por meu caminho, venho guardando fatos.
Venho guardando lenços e papéis.
Tenho guardado chances a cada dez.
Baú sem chave e sem fim.
Interminável coleção de momentos.
Não me desfaço.
Não sei e nem aprendo.
Nem por inteiro nem em pedaço.
Pirraço.
Guardo em mim tantas músicas.
Guardei cada cheiro e cada reação.
Cada olhar e cada lição.
Por meu caminho, venho guardando fatos.
Venho guardando lenços e papéis.
Tenho guardado chances a cada dez.
Baú sem chave e sem fim.
Interminável coleção de momentos.
Não me desfaço.
Não sei e nem aprendo.
Nem por inteiro nem em pedaço.
Pirraço.
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Boneca de pano
Olhando para trás, pedaços de mim estavam pelo caminho.
Por uma vida, corri por tantas curvas que nem me lembro.
Fui moldada. A cada passo, buscava tesouros ao chão.
Quis aprender com os erros alheios,
E mesmo que tenha precisado também dos meus, fui juntando um por um.
Hoje sou uma teia remendada de pedaços meus.
Por partes em que me deixei ou deixaram;
mas principalmente pelos momentos que levantei e me recosturei com sorrisos.
Por uma vida, corri por tantas curvas que nem me lembro.
Fui moldada. A cada passo, buscava tesouros ao chão.
Quis aprender com os erros alheios,
E mesmo que tenha precisado também dos meus, fui juntando um por um.
Hoje sou uma teia remendada de pedaços meus.
Por partes em que me deixei ou deixaram;
mas principalmente pelos momentos que levantei e me recosturei com sorrisos.
A nossa flor
Dentro do poeta, há uma flor.
A ser cultivada e observada,
Ela vive.
Precisando de luz,
Produzindo esperança.
É uma flor que não morre em definitivo.
Por um momento desabrocha,
E como uma fenix, renasce, se for preciso.
Produz galhos de uma beleza viril.
Sua natureza, nos traz alegria desmedida.
No meio de tantas árvores que criamos em conjunto com as pessoas, é só uma flor.
E ainda assim, é a partir dela que se cria toda uma vida.
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
3...2...1!
Sorrisos leves e soltos. Conversas simultâneas. Abraços aleatórios. Fotos. Carinho parafraseado. É um novo ano, assim como houveram necessárias segundas-feiras. Como se estivesse de fora, paro e observo. Renascem esperanças, uma nova oportunidade. Cá estávamos novamente contando em regressiva. Boom! Nascia um novo capítulo da história.
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
No maps
Os meus caminhos são incertos. Quis, um dia, andar em linha reta. Hoje meu trilhar se cruza e se dissipa em meio à mata fechada dos meus pensamentos. Me perco e me encontro diariamente. Não tenho mapa nem um guia. Diária desperceptividade.
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