Era como se estivesse em um buraco negro que sempre me levava de volta ao mesmo lugar.
Eu conseguia dormir sim. Por um ou outro instante. Daqui a pouco, era sugada para a realidade novamente.
Já não dependia de mim. Os meus pedaços ficavam pelo caminho. Meu corpo já não me obedecia.
Estava eu, de volta ao piloto automático, aos poucos. De tanto enquanto, eu ia sendo substituída por restos de obrigações desgastadas.
Me ocupava. Me doloria. Me desfazia. Mas era o que me restava. Eu estava ali. Ao meio vento de cada sombra que passava e não te trazia de volta.
Éramos eu e outras tantas almas endurecidas.
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