Um manto de lucidez me cobre. Me abraço, me aperto junto a ele.
Encolhida no canto do quarto, o tempo passa.
Lá de fora, escuto buzinas, freios e batuques.
Ouço gritos. Esse vêm de dentro de mim.
São as faltas. Elas se calam por tanto tempo que as esqueço.
E de repente, acordam.
A falta de amor, a falta de paciência.
A falta de sinceridade, a falta de verdade.
Tudo falta, nada se soma em meus passos interiores.
Sou a humanidade e não consigo sair do lugar.
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