quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Dois-dois

Como em uma dança, onde o par era escolhido para sair da sedentária existência; ele a chamou. Pegou pela mão e lhe conduziu a dançar pela vida. Ela não via graça, ele insistia. Ela não se interessava, ele reagia. Contudo, em uma batalha temporal de olhares, eis que o foco muda. Ela, agora, o achava o melhor condutor do seu mundo. Ele jurava não soltar sua mão. O tempo passou. A música chegava às suas últimas notas. Ele, com cuidado, ia alertando que sua partida era imprevista, mas que não a deixaria cair ao fim.
Trocaram valores, olhares e costumes. Aprenderam sobre a vida, sobre as lutas e sobre o existir. E do salão, foram embora. Eram dois desconhecidos, agora, porém, com algo do outro em si. Para sempre.

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