Era primavera.
Em poucos passos, se fez outono.
Dentro de si, um eco.
Um monte de rei sem trono.
Folhas ao vento formavam notas em um coral.
A canção se fazia ouvir para quem passava.
Caule fixo, era. Hoje distorcido.
Ainda, sem ninguém cantar, dançava.
Nada parecia seguro.
Tudo caia. Tudo se quebrava. E se refazia.
O amanhecer era o sinal de partida.
Tudo mudava e renascia.
Com tudo fora de lugar, vivia.
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