Desculpa, amor, se hoje não te vejo.
As avenidas por onde passo andam turvas.
Perdoe, amor, se não te ouço.
Ensurdeci-me, esfriei-me.
Desculpa, amor, se não te chamo.
Deitada estou e permaneço aqui há tanto tempo...
O teto parece me hipnotizar.
De vez em quando, vejo letras curvarem-se ao redor do lustre.
Vejo cores desfalecidas pelo tempo.
Vejo sombras, nada da minha peça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário