Neblina se derramando pela janela.
Pelo chão, as marcas do que outrora era e se tornou.
Papéis espalhados. Amassados.
Incrível transitoriedade do ser humano.
Mexer em cartas ou em qualquer registro de conversas de algum tempo remoto
são sinônimos de uma viagem no tempo.
Quiçá, outro mundo.
Metamorfoseando, todos seguem por seleção natural.
Bicho homem, instintivo.
Tem o poder de acabar o que é bom por nenhum motivo.
Tem o poder de acabar com os próprios sonhos.
Produzindo monstros em escarceis dramáticos de um imenso vazio.
Fecham-se as cortinas.
Constantes caçadores do que preencha,
constantemente achando e jogando fora.
Tesouros ignorados, oportunidades chutadas pelo vão da porta.
Assim seguimos. Rotineiramente se habituando.
Coexistindo e nem sempre para frente, andando.
Gostei!
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