Talvez meus passos não façam sentido para todos os passageiros desse trem.
Nem o meu pranto doa tanto quanto em outro pesar.
Talvez meu amor não seja o suficiente todas as manhãs.
Mas quero estar em teus braços ainda quando amanhecer.
Uma luz em meu caminho, me traz a lembrança do teu sorriso.
E está tudo bem. Próxima parada.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
terça-feira, 3 de novembro de 2015
Afinal o que?
Respiro uma nuvem do viver das pessoas sem amor. Respiro uma seca de sentimentos e uma busca incessante por algo imbuscável. Respiro um ar sem vida. As plantas exalam pedidos de socorro em vão. O que nos tornamos?
Depois ainda, te conheci
Parece que vive pra buscar. Parece que busca pra sofrer. Parece que sofre pra viver.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Descansa enfim
As consequências são ondas que te arrastam. Escolher é uma via de mão única e, de repente, você está preso a si próprio. Queria eu, ter o poder de escolher por ti. Queria eu, apagar momentos, reescrever histórias... Quem sabe você ainda estivesse aqui?
O vazio do teu caminho já não é mais escrito pelas linhas tortas que te carregavam... Hoje, as lágrimas são as únicas respostas que posso te dar... Doce flor, queria eu, poder ter regado teu caminho. Hoje, o vermelho daquele tecido me dói... Tanto aperto por te lembrar. Tanto aperto por te imaginar...
Doce flor, que teus dias agora sejam leves daí. Que a luz do teu caminho seja, agora, infinda para que os daqui continuem a ser presenteados com aqueles olhos felizes que se tornaram eternos. O loiro dos teus cabelos serão faróis para a sua presença em quem ficou...
Fecha os olhos... Descansa, menina. Agora é hora de, enfim, dormir... Tranquilamente.
O vazio do teu caminho já não é mais escrito pelas linhas tortas que te carregavam... Hoje, as lágrimas são as únicas respostas que posso te dar... Doce flor, queria eu, poder ter regado teu caminho. Hoje, o vermelho daquele tecido me dói... Tanto aperto por te lembrar. Tanto aperto por te imaginar...
Doce flor, que teus dias agora sejam leves daí. Que a luz do teu caminho seja, agora, infinda para que os daqui continuem a ser presenteados com aqueles olhos felizes que se tornaram eternos. O loiro dos teus cabelos serão faróis para a sua presença em quem ficou...
Fecha os olhos... Descansa, menina. Agora é hora de, enfim, dormir... Tranquilamente.
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Quatro ladras rodas
Ela se foi.
O vento que a levou, levou também a minha felicidade. Do sol que me lavava ao amanhecer, foram-se os raios.
Aqui, tirava meu sono. Agora, tirou meu adormecer.
Barco sem porto, vento sem vela, mar sem o teu sorriso para navegar.
De que vale o meu descansar?
Vazio e um monte de nada me consome.
Aonde estará agora a penumbra em meio a esse enceguecer?
Ainda ouço sua voz, suas repetições sistemáticas de um jogo matinal diário.
O que se come, não se ingere.
Não há cor. Ela levou meu amor.
O vento que a levou, levou também a minha felicidade. Do sol que me lavava ao amanhecer, foram-se os raios.
Aqui, tirava meu sono. Agora, tirou meu adormecer.
Barco sem porto, vento sem vela, mar sem o teu sorriso para navegar.
De que vale o meu descansar?
Vazio e um monte de nada me consome.
Aonde estará agora a penumbra em meio a esse enceguecer?
Ainda ouço sua voz, suas repetições sistemáticas de um jogo matinal diário.
O que se come, não se ingere.
Não há cor. Ela levou meu amor.
terça-feira, 14 de julho de 2015
Pobre perda de tempo
Teu fardo é amontoar conquistas. Teu pecado é viver de consumi-las. Colecioná-las é a fonte do teu prazer. Tua maior perdição. Mal sabes que de nada vale a vida sem um foco. Conquistar todo dia um só objetivo é a mais linda dádiva. Mal sabes o que perdes com suas contas. Triste corrida ao fim de coisa nenhuma. Percurso sem linha de chegada. Meio do nada.
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Traduza-me
Poderia, a vida inteira, despir-me em palavras. Mas onde me bastaria tão pouco mistério?
Sou desnuda, total e entregue. Apenas mereça. Consiga ler, nessas minhas linhas, o que eu te digo.
Em poucas palavras, traduzo o meu mundo. Do que faço parte e o alheio. Apenas olhe e consiga sentir.
Sou tudo e em pedaços, sou navegador e aviador depende do que meu coração gritará em tantas metáforas a se traduzir.
Me transformo, sinto e exponho tudo. Sou um pote de lembranças roubadas e conquistadas.
Mas se em minhas palavras, consegue me ler, chegas à minha totalidade. Me tem em tudo.
Sou desnuda, total e entregue. Apenas mereça. Consiga ler, nessas minhas linhas, o que eu te digo.
Em poucas palavras, traduzo o meu mundo. Do que faço parte e o alheio. Apenas olhe e consiga sentir.
Sou tudo e em pedaços, sou navegador e aviador depende do que meu coração gritará em tantas metáforas a se traduzir.
Me transformo, sinto e exponho tudo. Sou um pote de lembranças roubadas e conquistadas.
Mas se em minhas palavras, consegue me ler, chegas à minha totalidade. Me tem em tudo.
Memórias imediatas de uma mente senil
O vento que sopra junto aos teus devaneios, me dão qualquer e completa sensação de estar em casa. Sol que se põe, lua que me liberta. Tão lindas são tuas filhas estrelas...
Aquele sussurro em uma tempestade de palavras as quais desconheço, me faziam surpreendentemente bem.
Por ser tua voz e só.
Por ser você ali.
Por minha solitude ser agora verde em arvoredos repletos de bons frutos.
Tudo me vem à mente. És o que me inspira.
Retrato de um amor juvenil.
Aquele sussurro em uma tempestade de palavras as quais desconheço, me faziam surpreendentemente bem.
Por ser tua voz e só.
Por ser você ali.
Por minha solitude ser agora verde em arvoredos repletos de bons frutos.
Tudo me vem à mente. És o que me inspira.
Retrato de um amor juvenil.
Bruto pássaro sem destino
Ah, bruto pássaro sem destino... Bem que um dia, quis a ti e não a nenhum outro beija flor...
Mal trabalho me dava, eu, quando estendi minha mão e o meu coração a ti em todas aquelas tardes.
Ah, pássaro aventureiro... Bem que quis te ver feliz.
Mas o tempo é imperador glorioso.
De todas as batalhas, tira sangue e suor. E mesmo que não vejas de imediato, ele mesmo se encarrega de te ninar e fazer aprender.
Aos poucos, o meu galho tornava-se pra ti, o único... E eu, tornava-me mais vistoso ao tocar o céu, à margem de ti.
Ah, pássaro sem destino... Eu bem quis te dar o mundo.
E assim, seguiu em seu próprio desejo, para aprender arduamente com ele.
Mal trabalho me dava, eu, quando estendi minha mão e o meu coração a ti em todas aquelas tardes.
Ah, pássaro aventureiro... Bem que quis te ver feliz.
Mas o tempo é imperador glorioso.
De todas as batalhas, tira sangue e suor. E mesmo que não vejas de imediato, ele mesmo se encarrega de te ninar e fazer aprender.
Aos poucos, o meu galho tornava-se pra ti, o único... E eu, tornava-me mais vistoso ao tocar o céu, à margem de ti.
Ah, pássaro sem destino... Eu bem quis te dar o mundo.
E assim, seguiu em seu próprio desejo, para aprender arduamente com ele.
terça-feira, 7 de julho de 2015
Desacredicências
Palavras que acalentam e que libertam.
Palavras que prometem e que desejam.
Palavras que se cruzam e que nos enlaçam.
Palavras que deveriam ser únicas e não presenteadas em vão.
Palavras irreais e com múltiplo destino.
Palavras que desacreditam. Que ferem.
Palavras cegas.
Palavras que prometem e que desejam.
Palavras que se cruzam e que nos enlaçam.
Palavras que deveriam ser únicas e não presenteadas em vão.
Palavras irreais e com múltiplo destino.
Palavras que desacreditam. Que ferem.
Palavras cegas.
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Despedida do que já se foi
Como um cão que procura sua casa, eu rastejei. Farejava teus sinais, vez e outra, em todos os lugares. Poeira e tempestade me tentavam a me perder, mas eu sempre encontrava seu rastro. Como a cadela, ao filhote, procurei. Acalentava-me com pouco e no conforto de poucas palavras. Sobrevivia da velha chuva passageira. Até que um dia, tomei com fé, as minhas dores. Transformei em forças, a vontade de sempre retornar. Meu faro era sempre certeiro, mas naquele dia, era preciso me perder. Mais uma vez, te li, te senti na velha memória e pela última vez, me despedi. Apagados devaneios ensolarados de um rastro que não se corrompia. E tudo virara pó. Restos de um caminho que já não mais trilharei. Não reconheço mais tal cheiro. Não reconheço aquela casa. Tudo se foi.
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Nobre carinho
Como pode, eu, tão velha indigente, me encantar pelo que não vivi?
Eis-me aqui, por tantos anos, outrora ansiosos, agora cansados.
Beija-me a alma com tão doces palavras, nobre carinho.
Aquece-me com teus abraços dentro dos meus.
Tão distantes pensamentos me levam a viver.
Viaja-te comigo e viveremos tão reais quanto esse voar que nos tira do chão.
Eis-me aqui, por tantos anos, outrora ansiosos, agora cansados.
Beija-me a alma com tão doces palavras, nobre carinho.
Aquece-me com teus abraços dentro dos meus.
Tão distantes pensamentos me levam a viver.
Viaja-te comigo e viveremos tão reais quanto esse voar que nos tira do chão.
Eis aqui
Onda que me leva. Luz que me alumia, os olhos. Dos teus, me traz o sorriso. De ti, me vem alegria. Respiro. Um carinho que sustenta e traz pra perto. Amor que por tantas vidas em uma, permanece. Não daqui. Não é de agora. Tantos caminhos, trilhamos em rumo a todos os lugares. Histórias escritas e vindouras. Tantas foram, em busca de diversos finais. Personagens que vem e que foram. Vento que te leva. Uma lembrança que nos traz.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Escuta-me ao pensar
Nem os teus próprios passos te seguram. Como poderia eu, me apoiar em suas palavras? Do futuro, nada se cria ao amanhecer. Meu caminho é firme, apesar de tortuoso. Ao pôr do sol, tudo se vê mais ameno, mais sereno. Meu olhar te fita, incessante. Indecifráveis incógnitas. Ora mel, ora cítricas melodias. Para onde, aqueles escuros e infindos céus vão me levar com esse brilho? Ao fim da noite, nada se mostra. É só a doce e seca realidade de infinitos mundos sós. E a escuridão te abraça como a mãe à um filho ao colo. É hora de ir.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Tempestadiando
Pelo abismo, eu caía... Mal podia ouvir minha própria voz. Por todos os lados, as paredes se moviam. O nó me apertava. Esperava, em vão, aquele instante findar. Procurava uma saída. Não obtinha sucesso. Só mais me sufocava. Em busca de ar, ouvia aquelas vozes se repetirem e todas as feridas continuavam a abrir. Pelos momentos, viajava e me perdia. Não chegava ao fim e nem tinha começo. Eram puramente sensações líquidas dentro do mar daquela alma.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Velhos Relatos de Um Início Risonho
Cada sorriso naquele dia brilhava de uma forma diferente. Como quem espera durante anos, cada um daqueles pontos coloridos na praça, ansiavam. Era o dia em que começaríamos a andar com as próprias pernas. Como um bebê que dá os primeiros passos sem a ajuda da mãe, estávamos ali. A felicidade de cada um estava estampada. Queriam ajudar o outro, queriam trazer felicidade ao próximo e agora estavam juntos. Era ali, o primeiro passo de tantos para cada uma de suas eternas construções. A nossa avalanche de vontade de aprender a cuidar estava se formando e hoje, estava direcionada. Particularmente, digo que naquela tarde, eu me senti realizada. Eu era parte de uma família. Com tudo o que em uma se acompanha. Nós éramos um e agora, seríamos mais. Só tenho a agradecer por todo o acompanhamento desse meu engatinhar ao sonho de poder fazer a minha parte por uma sociedade mais bonita. Mais ainda, por todos o que por ele passaram. Sou parte de cada um de vocês que caminharam comigo. Obrigada.
domingo, 19 de abril de 2015
Paglia
Sucedeu aquela chuva e foi nela que me molhei. Cada novo brilho naquele vermelho me apontava um rumo diferente. As gotas daqueles sonhos me cobriam e mal podia eu, abrir os olhos. Senti sobre o meu corpo aquela energia já tão escassa vez ou outra... Sentia-me ali. Toda e completamente dentro daquele espaço. Era um novo começo. Podia respirar tranquila. Era onde deveria estar.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Delírio sonhado
Olhar no fundo de seus olhos me submete a uma viagem tão paradoxal quanto as coisas que penso que vejo. Aquelas linhas escuras entrelaçadas movem um abismo pelo qual posso voar... Me jogo. A queda é livre, como todas as amarras que não existem no meu pensar. Deliro. Pobre e grave delito. As nuvens podem passar pelo meu corpo. Eu te aceito. Abraço... Viajo em todas as palavras que já não formam uma sequência lógica... Só preciso que esteja aqui... Que essa íris que acolha. Estou a navegar por um mar onde não vejo o chão, não vejo o porto... É só uma grandiosa imensidão de ser. Da onde não quero sair.
sábado, 11 de abril de 2015
Feudo-me
No meu porto, era seguro.
Apesar das grandes ondas, eu sabia que ali pousaria tranquila.
Nada me atingiria.
Via, de longe, a fumaça que me rodeava.
De um lado para o outro, tudo era instável.
Eu precisava estar ali.
Mas já era hora de seguir.
O tempo passava sem paciência.
Voar era preciso, mesmo que o caminho parecesse infindo.
Todavia, dessa vez, eu tinha alguém ali.
Uma mão que se estende pra estar comigo.
Em sumo, em frente.
Enfrente.
Apesar das grandes ondas, eu sabia que ali pousaria tranquila.
Nada me atingiria.
Via, de longe, a fumaça que me rodeava.
De um lado para o outro, tudo era instável.
Eu precisava estar ali.
Mas já era hora de seguir.
O tempo passava sem paciência.
Voar era preciso, mesmo que o caminho parecesse infindo.
Todavia, dessa vez, eu tinha alguém ali.
Uma mão que se estende pra estar comigo.
Em sumo, em frente.
Enfrente.
quinta-feira, 5 de março de 2015
Devaneios cronológicos
Eu já não te ouço tão bem.
Não te vejo tão bem, nem com tanta frequência.
Meu toque já não é mais tão firme, assim como meus passos.
Nem sempre consigo exprimir as palavras na ordem certa.
Tampouco ver o que acontece sempre com clareza.
Hoje, já não tenho o vigor e turgor da mocidade.
Minha voz está cansada e meus ouvidos me pregam peças.
Os dias se tornam mais curtos e já não sei quando durmo ou vivo.
Minha respiração segue ainda mais profunda.
Tantos são os danos que a minha vivência me causou ao corpo.
Tantos são os anos cravados em cada parte do cálcio que me falta aos ossos.
Tantas são as alegrias imergidas nas minhas lembranças.
Mas tenha certeza, uma coisa ficou intacta: a felicidade que me traz, o teu sorriso. Essa infinda.
Hoje e sempre. Para sempre. Teu sorriso, meu filho...
Não te vejo tão bem, nem com tanta frequência.
Meu toque já não é mais tão firme, assim como meus passos.
Nem sempre consigo exprimir as palavras na ordem certa.
Tampouco ver o que acontece sempre com clareza.
Hoje, já não tenho o vigor e turgor da mocidade.
Minha voz está cansada e meus ouvidos me pregam peças.
Os dias se tornam mais curtos e já não sei quando durmo ou vivo.
Minha respiração segue ainda mais profunda.
Tantos são os danos que a minha vivência me causou ao corpo.
Tantos são os anos cravados em cada parte do cálcio que me falta aos ossos.
Tantas são as alegrias imergidas nas minhas lembranças.
Mas tenha certeza, uma coisa ficou intacta: a felicidade que me traz, o teu sorriso. Essa infinda.
Hoje e sempre. Para sempre. Teu sorriso, meu filho...
segunda-feira, 2 de março de 2015
Uma vida inteira
Um ano inteiro havia se passado.
E ali, novamente, estávamos os dois.
Segurar a sua mão ainda me dava a mesma
exata alegria que aquele dia que se passara.
Te olhava. A sua inquietação continuava a mesma.
Seu sorriso tímido me dizia tudo.
Eu podia descrever aquele dia, há um ano,
tão detalhadamente como o vivia novamente ali.
A brisa noturna nos embalava em passos lentos.
Sentia cada momento de sua respiração perto de mim.
Eu estava protegida.
Eram tantas pessoas ao redor e só aquela me fazia voar.
Podia jamais sair daquele instante.
De repente, um dia.
De repente, um mês.
De repente, um ano.
Era, ali, uma vida inteira.
E ali, novamente, estávamos os dois.
Segurar a sua mão ainda me dava a mesma
exata alegria que aquele dia que se passara.
Te olhava. A sua inquietação continuava a mesma.
Seu sorriso tímido me dizia tudo.
Eu podia descrever aquele dia, há um ano,
tão detalhadamente como o vivia novamente ali.
A brisa noturna nos embalava em passos lentos.
Sentia cada momento de sua respiração perto de mim.
Eu estava protegida.
Eram tantas pessoas ao redor e só aquela me fazia voar.
Podia jamais sair daquele instante.
De repente, um dia.
De repente, um mês.
De repente, um ano.
Era, ali, uma vida inteira.
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