quarta-feira, 15 de abril de 2015

Delírio sonhado

Olhar no fundo de seus olhos me submete a uma viagem tão paradoxal quanto as coisas que penso que vejo. Aquelas linhas escuras entrelaçadas movem um abismo pelo qual posso voar... Me jogo. A queda é livre, como todas as amarras que não existem no meu pensar. Deliro. Pobre e grave delito. As nuvens podem passar pelo meu corpo. Eu te aceito. Abraço... Viajo em todas as palavras que já não formam uma sequência lógica... Só preciso que esteja aqui... Que essa íris que acolha. Estou a navegar por um mar onde não vejo o chão, não vejo o porto... É só uma grandiosa imensidão de ser. Da onde não quero sair.

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