domingo, 28 de julho de 2013

Vago

Como uma astronauta de sentimentos, eu vago. Como um extraterrestre de realidade, eu sigo. Sempre, de fato, de longe, planando sobre qualquer tipo de tranquilidade. Minha bolha exterior se substancia ao redor e se prende aos fios de cabelo. Nada que alcance, nada que consiga tocar. É sempre tudo tão superficial e inatingível. Armas se acoplam à minha bolha. Não conseguirão me atingir. Nem eu. Amanhã... talvez. Encontre a saída de emergência, por favor.

2 comentários:

  1. Quanto mais tempo na bolha fico, mais tenho inveja dos que não são envoltos por ela.

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  2. Me acorda com esse presente....que lindo! A bolha, as vezes, é o que nos protege da hipocrisia humana. A saída de emergência? Esssa procuraremos juntas...te amo!

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