terça-feira, 9 de julho de 2013

Trem das 19

Olhando para o relógio quebrado estampado na frente da cama, penso sobra a falta de paciência de quem espera, sem saber o quê, exatamente, eclipsada dentro de uma pupa, esperando seu dia de ressurgir metamorfosicamente.
Lembra da vontade de consertar o boneco que um dia, pediu para que reconstruíssem o pulsar íngreme daquele metal, hoje morto. A rigidez das cicatrizes nada mais dizem orgulhosamente sobre o que um dia foi vencido, mas lembram o quanto apanhara e o quanto a vida pode continuar pregando peças.
De que jeito mais se cresce? Bem isso. Algo que passa, assim como qualquer outra coisa que fizesse bem também. Perfumes que falam, lembranças que gritam. Até que desaparecem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário