segunda-feira, 15 de julho de 2013
Peço passagem
Vento. Fleumática, esperei ele passar. Por vezes, pegando em minha mão imprecisamente e continuando seu caminho, por vezes, voltava e mexia nos fios do meu cabelo. Eu não o conseguia parar, não o conseguia seguir... numerosas eram as direções em poucos segundos... e quer saber? Não mais. No ciclo que se forma no centro do universo, nos buracos negros, nos vórtices, vê-se que apesar da mesma direção que todas as partículas seguem, as mesmas corrupiam. Saem todas do lugar e podem, ou não seguir em direções diferentes. Tenho o meu próprio vórtice, ele se chama vida. Ainda que chorosa, por vezes. Ainda que gritante, por vezes. Ainda que em dias, se concentre em cinco minutos e tudo o que se passa de ruim, me dê vontade de gritar. Por vezes, quase estupefatamente feliz, entorpecida por momentos felizes. Me perco e me acho todos os dias. Pego carona nesse que passa agora e me leva para longe para avaliação. Para um tempo. O meu tempo. Vou rodopiar. Quero voar. Um dia.
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