quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Voir

Nunca estamos prontos.
Ouvi um dia, alguém dizer.
E quer saber?
Afinal, alguém aí sabe a hora certa?
De tanto esperar, perdemos a hora.
Perdemos o rumo, o ritmo.
De tanto esperar, perdemos a vaga.
Perdemos o carinho, perdemos o chão.
De tanto esperar, não vi que sentido tomar.
Relógios pela janela, pelos abismos, pelo caminho.
Paredes coloridas com quadros, enfeitadas com tudo o que sonho.
É assim que vai ser agora.
Sem ponteiros, sem algarismos.
De olhos fechados.

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