O dia estava pela metade e nós também.
A caminhada continuaria árdua.
Não conheço o ponto de apoio.
Apenas sigo em frente sem olhar claramente.
A luz do dia me cega, me dói.
Não me esforço, então, para enxergar.
Olhos entreabertos bastam.
Instantes que afagam,
outros afastam.
E tudo se segue assim.
Conformo-me na falta de conforto.
E quando, enfim, chegar ao meu eu,
quero ainda estar aqui e poder te abraçar.
Por entender o que não se explica,
por criarmos em cativeiro, uma paciência sem escrúpulos
por causa da minha falta de ser,
obrigada.
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