Não sei você, mas eu sou submersa em pequenas realidades.
Construída por momentos.
Um fato, um laço, um abrigo se desenvolve.
Daí, pequenos ramos de vida crescem...
E chove. Chove tanto que nem em ponta de pé, alcanço.
Submerjo. Afogo-me.
Sinto meu pulmão encher-se de novos fatos.
Aos poucos, estou no fundo.
Nem percebo e afundei.
Se o caso for de ir a outro lugar,
tão longe fica sendo a superfície.
E ao final do desafogo, mergulho em outra lagoa.
Posso boiar, posso nadar...
O sol parece me fazer convites diários.
E então, puxo-me para dentro novamente e cada vez mais.
Nem sempre é uma boa ideia.
Contudo é o que acontece.
Dentro de uma gelatina colorida,
pairando sobre todos os acontecimentos.
Os refletindo. Relendo personagens.
Sempre uma receita contínua de uma boa sobremesa.
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