terça-feira, 15 de novembro de 2016

Feliz-idade

Hoje, em meus pensamentos, não há espaços vazios... o meu coração está preenchido com as lembranças de que preciso. Percebo a cada passo desse caminho que as pessoas não ficam pra trás. Elas adicionam ou desconstroem o que podem e seu papel é finalizado. Isso é o que fica. Nada vai embora, ninguém nos deixa sem marcas. Fecho os olhos e estão todas ali. Cada sorriso, cada conversa faz parte de uma imensa construção, e que lindo é esse mar de vem e vai para que nos confortemos adequadamente em nosso próprio existir. Tenho uma bagagem de bons devaneios e lindas pessoas por perto. Percebi ao longo dos anos que isso é aprender a ser feliz e ser!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Linhas invisíveis

Toma o meu carinho à tua alma. Recebe meu afago ao teu pesar. Almejo utópico, o meu, de querer remover de ti, essa tristeza que impede o teu sorriso de aparecer. Recebe o meu abraço daqui, que mesmo por pensamento tem forças. Renova tuas energias, respira e segue o seu tempo. Vai passar.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Underground

Me deixa dormir. Me deixa dormir, porque só então estaria deslizando sobre a realidade do teu existir,  como poderia querer. Me deixa dormir, porque aqui no meu sonho consigo te abraçar por todo o tempo do mundo. Almejo fajuto esse meu de prolongar tal tempo que só existe tão grande na minha mente. Aqui posso querer o que quiser, posso navegar, posso nadar em todo esse mar e mergulhar no teu mundo, ficando por lá. Me deixa dormir. Me deixa...

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Seletosimpatia

Perdi a paciência. Me perco nesse jogo da sociabilidade conveniente. De acordo com o que deve ser, no dia que deve ser, as pessoas vivem. As cortinas se abriram e aqui estava eu, novamente crua. Sem vestidos esvoaçantes ou máscaras de encenações previstas e privadas para cada ocasião. Deslocada num mar de faz de conta. Sinta menos. Seja mais. Eu não sei. Eu não absorvo isso. Eu não acredito. Eu não aceito. Sentir é dádiva da humanidade. Poder reagir é um verdadeiro presente. Por que simplesmente não SER totalmente?

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Controle

Ao pensar em cada passo dessa caminhada, percebo que o tic-tac do relógio não só representa o passar do tempo, mas a efemeridade de cada ser... Como pêndulos, alguns vem e vão. Como pêndulos, alguns pensam hoje, amanhã tomam outras decisões. Afasta e puxa. Abraça e vai embora. E o quão lindo e sinuoso é esse admirar de tantas e contínuas metamorfoses. Me falta, e reitero, o encaixe nesse aspecto. Me falta desprendimento e me sobra braços abertos. Tão grande é esse mar da vida, onde as ondas nos presenteiam com novos fôlegos diários. Queria eu, poder levar e trazer essas pessoas. Queria eu, poder morar e viver perto delas. Queria eu, não ter saudade.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Ruídos

Enquanto o amor sussurra ao ouvido, em busca de uma chance, o silêncio vem aos poucos formando um leito de descanso... Peça por peça, eles vão se encaixando onde tudo falta. Porque muito tem faltado. Os pequenos tijolos tem tomado outro rumo, construindo pedaços de outra coisa. Nada mais inteiro. Estão talvez, em uma praça qualquer. Aos cantos de uma rua e outra, mendigando... Em troca de alguma luz no meio da bagunça. Um a um, eles se desmontam. Ouço um pedido de ajuda. Ouço um pedido. Ruídos. Não ouço mais nada.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Um mar de renovação

Como o coração, aqueles ritmos traziam vida. Cada pedaço de história, era um mundo. Um dia, dois. Uma semana, um ano. Cada minuto era vivido atentamente. O tic tac não deixava nada despercebido. Só aquele ritmo trazia paz. Só aquela música. Aqueles momentos. Aquelas segundas. Eu te ajudo.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Recuperar-se

Muitas vezes, o que dá pra ver são marcas. Cicatrizes de uma vida calejada, que hoje sofre as consequências de seu navegar instável. Passo por aquela porta, onde só se espera loucura. Foi então que me aproximei. Tudo que era de longe, àquele passo já não era mais. Desconstruir. Reconstruir. Podia ver brilho naqueles olhos, que a cada batida ritmada, se mostrava sobrevivente. Esboços raros e alegres naqueles semblantes cansados. Respiravam felizes. Um momento após o outro. Um dia após o outro. Era o que importava.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

La ronde

Espera. Diz que o tempo não passou. Aquela sombra nos nossos dias são mais que simples nevoeiros passageiros. Te vejo em torpor, te conheci com um rosto turvo que nunca pude identificar o que era real. Embriaguei-me no teu cheiro de novo e dali, se refizeram as minhas melhores lembranças. Tudo passa. Recomeço. Desacerto e te aceito de volta ainda com as feridas abertas. Acalenta-me. Transforme-se. E repito tudo de novo até o próximo lapso.

Pelos dias

Adia.
Adia teus dias, teu caminho certo que tanto tenta fugir.
Adia.
Adia tua vida, os melhores sorrisos que ainda estão por vir.
Adia.
Adia a conversa, adia o trabalho, aquele mergulho.

Adia a vida, adia o inadiável. Adia aquele tão torto amor.
Adia.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Gratidão

Por mais um dia ensolarado, eu agradeço. Por mais um dia aproveitado, eu agradeço. Por lindas pessoas sempre ao meu lado, eu agradeço. <3 p="">

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Colector

Aquele era chamado de colecionador. Não por um outro conhecido desavisado, mas pelas próprias vítimas daqueles extravios. Sem dó sequer piedade, ele colocava as peças em uma prateleira enquanto escolhia o próximo furto. Precisava ser algo ambicionado. Mais ainda, precisava estar quase entregue; e dali, tudo se instituía. Aquele era chamado de colecionador de corações. Sem face, sem nome, sem identidade. Sem fim.

domingo, 17 de julho de 2016

Pequena grande falta

E assim, a borboleta segue sem um pedaço... Os anos passam e aquele pequeno lembrete sempre vem aos seus olhos. Consegue voar, consegue ainda lindos pousos e manobras no ar... Mas aquele pedaço é sempre um pouco do grande vazio que tantas pequenas gotinhas dessa chuva já tentaram ocupar. Essa chuva intermitente e contínua que é a vida... Não lhe impede de voar, não impede sua beleza de continuar viva e forte seguindo o seu plano... Mas aquele pedaço... Aquele pedaço vai ser sempre um pedaço a menos na sua asa, na sua vida.

domingo, 3 de julho de 2016

Enfim, as perdas

Talvez eu ainda cresça muito. Talvez, meu amadurecimento ainda tenha um tanto enorme a percorrer até um ponto em que eu saiba lidar com tudo isso. Talvez, ainda, eu precise me entender mais. Me aceitar e me amar mais. Ainda. Até me descobrir liberta. E finalmente, então, conseguir navegar tranquila.

Nada mais

Posso ter te visto. Posso te ler pelos olhos e pela alma, ainda, mesmo que os anos tenham se passado. Posso achar que te conheço. Posso esperar um tanto mais do que é, baseado no que já foi. Mas entenda: não é mais. Posso tentar te dizer todas as palavras. Posso resumir os anos em minutos. - E sinceramente, eu gostaria. - Mas os maus ventos nos levaram em direções opostas e a sombra que nos apagou foi um tanto maior do lado daí. Aliás, com todos. Os lados daí sempre foram tão mais leves. Aqui é sempre nostálgico, aqui é sempre saudade. Aí, tem sido cada vez mais nada. Páginas e páginas viradas de uma história que me encurralei. Por onde sair? Preciso que entenda: não é mais. Não mais.

domingo, 15 de maio de 2016

Teu mundo, nosso espectro

Sentir teu coração no meu, transcende essa vida. Cada centímetro da minha extensão sente a sua como uma. Sozinhos naquele compasso exouniversal. Nada mais tem qualquer intromissão em tal enlace. Seu corpo faz isso comigo. Viagens sem sentido e conexão são já rotina diante de sua presença e lembranças. A tranquilidade embebeda toda a expectativa inicial. Deveria mesmo estar ali, entre esses braços. Nessa vida. Através de outras. Nessa conexão. Conecte-me. Te sinto.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Elo

A imagem da tua mão na minha, me presenteia com um conforto em tais dias que se arrastam sem a menor possibilidade de desenfreado disparate. Aos lados, me perco. Colinas que sobem e descem na tentativa de deturpar meu objetivo. Contudo, estou aqui. E seguras minha mão. Tesouro imerso em sonhos e desejos para uma eternidade. A nossa eternidade. Permaneça. Eu permanecerei.

Utopicamente desajustada

Tantas vezes, aquilo parecia um outro mundo. Mais bonito, mais colorido, mais feliz.  Navegar por aquelas águas poderia significar sair da órbita do ser normal. E ali poderia ser muito mais.  Algo me trazia novamente ao brilho verde daquelas ondas e nem mais sentia os pés. Eis que de repente, estoura. Um lembrete da verdade com todas as raízes da vida real, se torna real. Bem vindo ao mundo. Fantasias não conseguem velejar por tanto tempo nesse mar tão revolto que se chama vida. Acorda, menina. Algo quer te mostrar as coisas. Enxergue.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Se não, como me amas?

Me amas quando acordar é o inicio de um novo caminho, onde seremos ainda mais felizes com a nova tentativa. Me amas, quando a primeira vontade é me olhar nos olhos e dar bom dia. Me amas quando mal pode esperar para me ver. Quando dez minutos perto é o que basta p'ra ganhar o dia. Quando dormir de mal é um tormento, quando acordar de bem é uma dádiva. Quando amar é mais que estar junto por uns dias. Quando é mais que me dizer que me amas. Me amas quando um dia longe é muito e quando te falto, tu sentes.

domingo, 1 de maio de 2016

Somente viver

Em fragmentos, perdem-se todos os dias. Menos empolgação, reprimia ela. Mais entusiasmo, acrescentava em outra situação. Aos poucos, viramos bonecos andantes. Situações e reações programadas e só virão aplausos. Mas que bela educação. Não seja tão expansiva. Não fique tão calada. Não permaneça. Não seja. Eu não permito. Não admito. Menos e mais todos os dias. Meça suas palavras. Não consegue respirar com tantas amarras. Às lágrimas, tantos pedidos. Viver.

Fragmentos

E sempre volto àqueles dias... Os que não passam, os que deixam as pessoas que nos amam ainda mais longe... A noite parece turva. São nesses, que a saudade dói mais, que o abraço parece mais distante... O coração parece definhar. Tudo machuca mais. As distâncias, um dia quilometricas, hoje ainda maiores. São essas, as piores noites. Nem todas as lágrimas parecem acalentar a secura desse vento ao arranhar meu rosto. Nada basta, tudo falta. Me falta tudo. Me falta você(s).

quarta-feira, 27 de abril de 2016

DNA

Bato à tua porta.
Esperando que não abra, me surpreendo ao te ver.
Em pé, como se jamais partisse.
Âncora que me guarda, porto que me protege.
Laços que me confortam e guiam meu caminhar.
Teu sorriso, é chama que me ilumina.
Não vá embora.
Não vou embora.
Não mais.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Incessantemente

Não sei em que ruas andas.
Não sei por onde seu navegar, deságua.
Apenas sinto em cada palavra, o teu coração pulsar.
O passo que me leva em frente,
É o mesmo que te acompanha se recuperar.

A história que se escreve uma vez, não se apaga; menino.
O afago que um dia foi meu, ainda me acalenta.
O conforto fica, essa linha permanece.
Outros contextos virão,
Outras águas navegaremos,
E ainda assim, meu olhar te seguirá.

Ainda e sempre.
Porque meu carinho é teu.
Incessantemente.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Rarefeito

Fixamente, olho pro relógio que teima em não se mexer. Pareço estar num fluxo inconsciente de todos os meus pensamentos embaralhados. Nada que surge, desfaz esse nó da alma feito aos tapas das palavras suas. Ou falta delas. Nada se move. Nada respira. Nada sossega. Nem eu.

Leveza tênue

Sinto cada gota desse mar gelado que toca a metade do meu corpo imersa.
Olhando para frente, as estrelas parecem estar tão longe quanto jamais as senti.
Aquele brilho parece encoberto por qualquer tipo de névoa que cinza, parece sufocar.
As ondas me levam e trazem. Meu olhar permanece fixo ao horizonte que já não me beija.
Vento frio. Sombra que me cobre. Dormirei.