quinta-feira, 21 de julho de 2016

Colector

Aquele era chamado de colecionador. Não por um outro conhecido desavisado, mas pelas próprias vítimas daqueles extravios. Sem dó sequer piedade, ele colocava as peças em uma prateleira enquanto escolhia o próximo furto. Precisava ser algo ambicionado. Mais ainda, precisava estar quase entregue; e dali, tudo se instituía. Aquele era chamado de colecionador de corações. Sem face, sem nome, sem identidade. Sem fim.

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