Eu já não te ouço tão bem.
Não te vejo tão bem, nem com tanta frequência.
Meu toque já não é mais tão firme, assim como meus passos.
Nem sempre consigo exprimir as palavras na ordem certa.
Tampouco ver o que acontece sempre com clareza.
Hoje, já não tenho o vigor e turgor da mocidade.
Minha voz está cansada e meus ouvidos me pregam peças.
Os dias se tornam mais curtos e já não sei quando durmo ou vivo.
Minha respiração segue ainda mais profunda.
Tantos são os danos que a minha vivência me causou ao corpo.
Tantos são os anos cravados em cada parte do cálcio que me falta aos ossos.
Tantas são as alegrias imergidas nas minhas lembranças.
Mas tenha certeza, uma coisa ficou intacta: a felicidade que me traz, o teu sorriso. Essa infinda.
Hoje e sempre. Para sempre. Teu sorriso, meu filho...
quinta-feira, 5 de março de 2015
segunda-feira, 2 de março de 2015
Uma vida inteira
Um ano inteiro havia se passado.
E ali, novamente, estávamos os dois.
Segurar a sua mão ainda me dava a mesma
exata alegria que aquele dia que se passara.
Te olhava. A sua inquietação continuava a mesma.
Seu sorriso tímido me dizia tudo.
Eu podia descrever aquele dia, há um ano,
tão detalhadamente como o vivia novamente ali.
A brisa noturna nos embalava em passos lentos.
Sentia cada momento de sua respiração perto de mim.
Eu estava protegida.
Eram tantas pessoas ao redor e só aquela me fazia voar.
Podia jamais sair daquele instante.
De repente, um dia.
De repente, um mês.
De repente, um ano.
Era, ali, uma vida inteira.
E ali, novamente, estávamos os dois.
Segurar a sua mão ainda me dava a mesma
exata alegria que aquele dia que se passara.
Te olhava. A sua inquietação continuava a mesma.
Seu sorriso tímido me dizia tudo.
Eu podia descrever aquele dia, há um ano,
tão detalhadamente como o vivia novamente ali.
A brisa noturna nos embalava em passos lentos.
Sentia cada momento de sua respiração perto de mim.
Eu estava protegida.
Eram tantas pessoas ao redor e só aquela me fazia voar.
Podia jamais sair daquele instante.
De repente, um dia.
De repente, um mês.
De repente, um ano.
Era, ali, uma vida inteira.
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