Eu senti... algo. Construí as bases de um sobrado que nunca esteve em concreto. Me preparei. Um processo. Queria te receber.
Nem toda a vontade desse sonho parecia conseguir te alcançar. Vivia só em mim. Mas eu não vi.
Tentei que brotasse um mísero galho de uma árvore, no passado, tão vistosa… e não notei o que estava em minha frente. Ou notei, mas tive esperança.
Justifiquei os seus desajustes pelos meus erros. Tudo consequência. “Eu merecia um tanto de distância e demora”, eu dizia. Afinal, tanto fiz (ou não fiz) por tanto tempo que a fonte secaria um tanto de qualquer jeito.
Se fosse eu, não faria o mesmo?
Mas insisti… me esforcei. Pra quê?
No fim, por um tanto de vividez em desamor… que eu, realmente, nem te imaginei capaz… as palavras, como punhais, me fizeram acordar. E tudo veio à tona.
“Morreu!”… de fato, morreu. E ainda ecoam todas aquelas palavras aqui. O fim, de fato. Sinto o sangue escorrendo pelo peito recém aberto e aos pedaços.
Não tinha mais vida naquele tronco. E ainda que a vontade - minha - fosse de refazê-lo desde as raizes, morreu! Não existe mais.
Muitos anos trancado a sete chaves, num casulo, meu coração mal desfrutou do amor futuro naquela semana. Semana findada, ilusória e abstrata.
Acordamos naquele domingo e onde tudo podia ser, existiu um enorme nada. Mudo e seco.
Fui tomada de volta pela penumbra. É hora do recolhimento.
Volta pro teu lugar, velho amigo. O teu pulsar, em nada agora faz sentido.
Da cicatriz e da ferida que nunca deveria ter sido remexida. Só mais um erro. Entre tantos nessa vida.
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