Abro a cortina e a luminosidade não me contempla. Derrubo paredes, abro as portas: nada parece ter sabor. Por que tão amargo? Quando esse forte tomou forma? Quando expulsei a luz? Pesado, o ar continua usando esses últimos sopros para dissolver. Inevitável. Inexplicável. A sombra que os envolve, chega aqui. Tento correr. Tento me livrar. Tento enxergar. Nada faz sentido. Por que tanto magoar? Não entendo. Os dias seguem se arrastando. Mas tudo passa, não é assim? Que passe. Que vá embora. Que alivie. Que se consiga respirar. Apenas isso.
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