Cheguei ao fim tantas vezes que estas lágrimas que aqui escorrem já vieram de passagem, sumindo a cada minuto ao tocar o vento, molhando este rosto que já não tem mais vitalidade. Nem esperança. Nem sentido de ser.
Essa bagagem que arrasto aos meus pés, hoje, não tem mais destino. Ou jamais teve.
E sobre o que é real, afinal o que é?
Abro os meus olhos e consigo enxergar o que era lá atrás. Dali pra frente nunca saberei o sentido de todas as palavras não ditas. E das ditas, ouvidas e somente sentidas por mim em um mundo que era meu… e seu… para mim.
E sigo perguntando… o que foi real?
Mil formas de acordar… e essa foi finalmente a necessária. E certeira. E definitiva. Muitos fins e nenhum começo. Fico apenas com a lembrança de um passado possível que não foi… fico apenas com o teu sorriso e aquela tua respiração na memória… de um momento feliz. Que certamente não foi real.