O caminho de volta

Cada caminho me faz me perder ainda mais. As sombras de cada esquina parecem me consumir. É bem verdade que o sol tem tardado a aparecer... e até onde isso vai me levar? Minhas pequenas bolhas parecem cada vez mais cheias de perguntas. Cada vez com menos respostas. Cada vez mais sem rumo.

Emergir

Passagem de estações,  é um novo tempo.
Novas flores dão lugar às velhas folhas mortas.
Chegou o tempo em que o silêncio, traduzido por tua dor, findará.
Novos ciclos  te afagam.
Abra os olhos. Enxergue.
Há uma fila de cores esperando em tua porta.
A porta da vida. Do teu ressurgir.
Há uma fila de olhos com saudade do teu sorriso.
Sim! Aquele mesmo que anda tão escondido...
A escuridão está atrasada. Passou da sua hora.
Vejo correr vagarosamente para fora dessa janela.
Paredes já não são necessárias.
Braços tomam seu lugares.
Deixe-o abraçar. Sinta mais de perto.
"Relaxe".
Feche os olhos agora.
Está seguro.

Conhecer-te

Cheguei, te vi. Vem cá. Senta aqui. Conta sobre sua vida, quero te ouvir. Uma, duas pessoas vão e vem. Mas, ainda assim, fica aqui. Explica a tua história, teu dia, quero te ler. Os olhos ainda falam grandiosamente mais que os sons das palavras... Estas mesmas não valem nada por aqui. Estes escritos, em literal, não valem nada por aqui. Nem tudo precisa ser tão direto. Nem o meu olhar. Nem o teu olhar. Acredita em mim. Cada instante é um presente carregado de linguagens subentendidas. Tal proeza é a que me traz o doce sabor de decifrar-te a cada dia. Senta aqui...