sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Recuperar-se

Muitas vezes, o que dá pra ver são marcas. Cicatrizes de uma vida calejada, que hoje sofre as consequências de seu navegar instável. Passo por aquela porta, onde só se espera loucura. Foi então que me aproximei. Tudo que era de longe, àquele passo já não era mais. Desconstruir. Reconstruir. Podia ver brilho naqueles olhos, que a cada batida ritmada, se mostrava sobrevivente. Esboços raros e alegres naqueles semblantes cansados. Respiravam felizes. Um momento após o outro. Um dia após o outro. Era o que importava.