Quão doce tem sido o meu navegar. Meu barco à vela tem saído do compasso a cada passo que você me dá.
Cheios de pretensões, tenho sentido corações a me alcançar. Ledo engano de quem se aproxima em busca de embarcações a viajar. Prefiro em casa, descansar. A pausa por tantos portos não me convida a velejar. Sinto teu cheiro por perto e o meu coração a palpitar. De novo, acordo eu e meu caminho torto, nessa vida a deambular.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
É o que (te) espero
Era um garoto encouraçado. Era um coração doce gentil blindado. Mas o que eu poderia falar? Cruéis hábitos que fazem parte do meu caminhar. Quero te dar a mão e te levantar, doce rapaz. Queria ter força para te apoiar. Quero ver-te ao deleite do amor. Nos braços de quem te mereça. Quiçá um dia ver de volta o teu semblante vivo! E um dia, talvez eu ou você cresça de volta ao rumo do colorir. Nossos dias prometem mudanças. Que assim sejamos. Felizes.
Más resolutividades
Gosto de ler por olhos.
Poucos meios são tão sinceros e sutis.
A dor, parte daquela felicidade.
O sentimento, a vontade.
É tudo visto por aquela pequena imensidão.
Querer-te ninar, jovem velhinho,
É um desejo longe de se concretizar.
Fico daqui, a observar o teu caminho.
Desejo-te só o que é bom do sonhar.
Gotas de água da chuva escorrem na minha janela enquanto penso. Choro sofrido e repetido, esse da natureza. Que me lembra o tempo todo do quanto ainda se pode rasgar um coração gentil.
Poucos meios são tão sinceros e sutis.
A dor, parte daquela felicidade.
O sentimento, a vontade.
É tudo visto por aquela pequena imensidão.
Querer-te ninar, jovem velhinho,
É um desejo longe de se concretizar.
Fico daqui, a observar o teu caminho.
Desejo-te só o que é bom do sonhar.
Gotas de água da chuva escorrem na minha janela enquanto penso. Choro sofrido e repetido, esse da natureza. Que me lembra o tempo todo do quanto ainda se pode rasgar um coração gentil.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Olharte
Cheios de informação, eles se movimentavam lentamente.
Por toda a minha vida fui me habituando à essa mania de observação.
Ver não tão somente; mas poder ler as paisagens, os gestos, as reações.
Ao fim do dia; fico assim, aqui, a processar e digerir aprendizados de telas incompletas.
Sinto o peso do viver capturado em minhas pálpebras.
Como é doce o sonhar acordado. Seria ali, a maior dádiva do ser humano.
Uma arte.
Por toda a minha vida fui me habituando à essa mania de observação.
Ver não tão somente; mas poder ler as paisagens, os gestos, as reações.
Ao fim do dia; fico assim, aqui, a processar e digerir aprendizados de telas incompletas.
Sinto o peso do viver capturado em minhas pálpebras.
Como é doce o sonhar acordado. Seria ali, a maior dádiva do ser humano.
Uma arte.
Como se fosse a primeira vez
Era um lindo dia, aquele. As folhas que me rodeavam sempre estiveram ali e mesmo assim, pareciam mais vistosas. Aquele tempo frio parecia me cobrir de uma leveza que há tanto tempo não sentia. Era acolhedor.
Em dado momento, percebi que via as mesmas coisas com outros olhos. Poderia fazer uma descrição grandiosa de todas as novas sensações de mesmos ambientes; e mesmo assim, tudo parecia novo.
Nem me importei em costurar as palavras. Apenas fechei os olhos e vivi.
E senti. Como se fosse a primeira vez.
Em dado momento, percebi que via as mesmas coisas com outros olhos. Poderia fazer uma descrição grandiosa de todas as novas sensações de mesmos ambientes; e mesmo assim, tudo parecia novo.
Nem me importei em costurar as palavras. Apenas fechei os olhos e vivi.
E senti. Como se fosse a primeira vez.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Te contaria, um dia
Eu te li uma vez mais. Haviam até algumas parcas notas ao longe. Reecontros: a vida é feita deles. Aquele cheiro... há tanto tempo não sentia. A leveza de sua pele perto da minha em um abraço. O tempo não parecia ter passado tanto. E nem havia para aquele presente. As marcas dos olhos cheios da sutileza da timidez que outrora havia nascido, nunca havia nos abandonado. Era fácil não fitá-los e mostrar normalidade, rotina. Estava predestinada àquele momento e a outros tantas vezes adiados. Olhar perdido, pensando em sensações. Luzes, quase um cenário teatral. Ali e naquele lugar, éramos os mais felizes.
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Conchas ao mar
Não era qualquer pôr do sol, aquele. O silêncio ali não era vazio. Respiração lenta e relaxada. Sentia seus batimentos. As horas se passavam, com certeza, só no relógio. Conforto maior não teria, colo mais acolhedor também não. Estava sendo cuidada e a falta de palavras naquele momento me dizia muito mais que qualquer papo jogado fora em todos esses anos.
Aquele azul não vinha sozinho. Formava um belo par com a paisagem da varanda. Eu respirava. Ouvia você respirar. E adormecia.
Aquele azul não vinha sozinho. Formava um belo par com a paisagem da varanda. Eu respirava. Ouvia você respirar. E adormecia.
Passarinho
Voltar ao passado é a minha sina. Os caminhos por onde andei me perseguem constantemente. Sou uma fiel nostálgica. Amante do que me marcou. Assim, os dias passam tendo eventuais retrocessos para que se mantenha firme, a costura. Por uma linha tênue e firme, contabilizo meus passos. Fui e um dia, nem que só por um instante, voltarei a ser.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Transportar-me
Cada nota musical passa por mim como uma onda nesse mar por onde navegam meus pensamentos. Cada um daqueles pulsares significavam algo em mim, como nunca antes havia sentido. Cada digital era como uma marca diferente, mas somente aquelas vidravam o meu olhar. Estava eu ali, fisicamente, porém minh'alma estava totalmente fora do eixo. Minha linha de pensamento era só distante. Não voltava ao lugar, não habitava o meu ser. Se bem pudesse me teletransportar, estaria onde fitava, o meu sonhar. Naquele horizonte, talvez, já que minha mente ali estava há tanto tempo. Doce caminhar do meu viver, conforto ao deitar e sonhar-te. Todos os dias.
Assinar:
Comentários (Atom)